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Meteoro que atingiu Rússia é o acidente cósmico com maior número de feridos

Do UOL, em São Paulo

16/02/2013 06h00

A explosão de um meteoro na cidade de Tcheliabinsk, na Rússia, que deixou mais de mil pessoas feridas é o acidente cósmico que deixou mais feridos já registrado. Ele é também o maior objeto a se chocar com a Terra desde 1908, quando um outro objeto espacial atingiu o mesmo país e devastou milhares de quilômetros de floresta, em Tunguska, na Sibéria.

  • Arte UOL

    Mapa mostra cidade onde explosão de meteoro causou quebra de vidraças e deixou feridos 

Inicialmente, o meteoroide, que atingiu a Rússia nesta sexta-feira (15), foi declarado como tendo 15 metros e cerca de 10 toneladas. Após análises mais precisas, a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) disse que o objeto que se chocou com a Terra teria 17 metros e pesaria 10 mil toneladas. Estes dados incluem informações de cinco estações em todo o mundo.

Um evento dessa magnitude deve ocorrer a cada 100 anos em média, disse Paul Chodas, da Nasa. "Quando você tem uma bola de fogo deste tamanho, nós esperamos um grande número de meteoritos a alcançar o solo, e neste caso deve haver uns grandes".
 
Quanto ao evento do Tunguska, pouca informação é precisa. Estima-se que ele tinha entre 10 e 36 metros e pesaria entre 100 mil toneladas a 500 mil.
 
Análises preliminares indicam que o meteoroide de Tcheliabinsk era constituído de ferro, e ao entrar na atmosfera terrestre se pulverizou entre 30 e 50 quilômetros de altitude, segundo a Academia de Ciências da Rússia.
 
Ao se chocar com a Terra, o objeto estava a 18 km/s e sua energia de 300 quilotons seria maior do que das armas nucleares testadas pela Coreia do Norte, por exemplo. 
 
Ele foi maior do que o evento que ocorreu na Indonésia em 8 de outubro de 2009 (com 50 quilotons) e que o impacto do meteorito Sikhote-Alin, também na sibéria, em 12 de fevereiro de 1947, que teve energia equivalente a apenas 10 quilotons. O Tunguska teria um impacto na ordem dos megatons.
 
*A matéria foi atualizada após novos dados divulgados pela Nasa após o fechamento da reportagem. Incorreções como a velocidade do objeto e o tamanho do meteoroide que atingiu Tunguska também foram corrigidas.