Nova técnica reprograma células danificadas após ataque cardíaco
Parte de células do coração humano, da classe dos fibroblastos, podem ser reprogramadas para auxiliar no funcionamento do órgão após um ataque cardíaco. Antes, acreditava-se ser impossível restaurar a integridade dessas células após um ataque, quando elas se tornam tecido cicatricial.
A descoberta é de pesquisadores ligados à Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e destaque nesta quinta-feira (22) no periódico Stem Cell Reports.
Segundo o estudo, a técnica é baseada no conceito de terapia genética e representa um marco para a medicina regenerativa —num futuro próximo, poderá dar origem a tratamentos mais adequados às condições físicas de cada paciente.
Liderada pelo doutor Deepak Srivastava, a equipe já havia tido resultados positivos com a técnica ao aplicá-la em ratos. Agora, teve sucesso ao realizá-la em laboratório, injetando uma combinação de cinco diferentes genes em células do coração de um feto humano.
Os pesquisadores afirmam que a injeção dessa mesma combinação genética em um coração que tenha sofrido ataque cardíaco restaura fibroblastos danificados, permitindo recuperação mais ágil do órgão e melhorando seu funcionamento.
"Essa forma de terapia genética reprograma as células danificadas, que passam a bater em sincronia com suas células vizinhas, resultando em uma melhoria no bombeamento realizado pelo coração. Mais de 50% das células presentes no coração são fibroblastos", afirma Srivastava.
Entretanto, o médico reconhece que para ser posta em prática a técnica ainda precisa de mais simulações, e não foi divulgada uma previsão para que isso ocorra.
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