Topo

Descoberta pode permitir produção do sabre de luz de 'Guerra nas Estrelas'

Mestre Yoda empunha seu sabre de luz em um dos filmes da saga Guerra nas Estrelas - Divulgação
Mestre Yoda empunha seu sabre de luz em um dos filmes da saga Guerra nas Estrelas Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

01/10/2013 15h26

A memorabilia ligada à saga espacial Guerra nas Estrelas já deu origem a todo tipo de produto. Mas um deles, o icônico sabre de luz empunhado por Luke Skywalker, Darth Vader e companhia, até hoje nunca ganhou uma reprodução fiel à arma da ficção.

Para essa lacuna, já há uma esperança: físicos da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), ambas dos Estados Unidos, aprenderam a dominar a técnica que seria necessária para produzir essas espadas high-tech.

Segundo o estudo divulgado na revista Nature, os sabres de luz de Guerra nas Estrelas até hoje não viraram realidade porque não se sabia como fazer para unir os fótons de luz que compõem seu facho. Como os fótons não têm massa e não se atraem, dificultam seu agrupamento no que seria a "lâmina reluzente"da espada, impossibilitando sua produção.

Porém, isso deve mudar com a descoberta de que há uma forma de agrupar os fótons e direcionar sua atuação. O feito está documentado - com alusão devidamente feita aos filmes de George Lucas - no estudo que detalha experimento feito com "fótons e átomos de rubídio de forma a permitir que os fótons armazenem informação quântica".

Por meio de experiências, físicos conseguiram fazer com que mais de um fóton de luz atravessasse uma nuvem de átomos de rubídio, unindo-os e alterando o comportamento repelente completamente, criando interação entre o elemento.

Ciência e fantasia

Para os autores do estudo, a ciência se mostrou compatível com a fantasia das telas. "Comparar isso aos sabres de luz não é uma analogia insólita. Quando esses fótons interagem entre si, eles estão se empurrando uns aos outros. A física que ocorre com essas moléculas é, portanto, muito similar à que se vê nos filmes", diz o físico Mikhail Lukin.

Os autores da pesquisa afirmam que o objetivo principal do estudo, contudo, não é criar saber de luz em série: a ideia primordial do projeto, ainda embrionário, é desenvolver formas de transportar sinais em computadores quânticos.