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Furto de beagles pode afugentar farmacêuticas do país, diz Instituto Royal

Do UOL, em São Paulo

23/10/2013 14h03Atualizada em 22/07/2015 15h20

A invasão e o furto das cobaias do Instituto Royal no último dia 18, em São Roque (SP), pode fazer com que as indústrias farmacêuticas deixem de contratar laboratórios brasileiros para a realização de testes, o que poderia fazer com que brasileiros "percam seus empregos", afirma Silvia Ortiz, uma das gerentes da empresa.

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O Instituto divulgou um vídeo na internet nesta quarta-feira (23) no qual defende-se das acusações de maus-tratos aos animais usados em testes.

"É muito fácil para qualquer empresa decidir levar os testes de seus medicamentos para outros países, prejudicando a comunidade científica, os trabalhadores, que perdem seus empregos, e as pessoas, que perdem agilidade no recebimento de novas drogas que podem salvar vidas", afirmou a gerente.

Silvia também disse que os animais do laboratório eram tratados "com carinho" por toda a equipe e que os animais realizavam atividades recreativas e recebiam alimentação nutritiva.

O caso

Ao todo, 178 cachorros da raça beagle foram retirados do Instituto Royal durante a madrugada do dia 18 de outubro por um grupo de ativistas que protestava contra maus-tratos em frente ao local.

Mesmo com a presença da polícia, as pessoas entraram e retiraram os cachorros que estavam presos em gaiolas. 

De acordo com os ativistas, a denúncia era de que os cachorros estavam sendo sacrificados com métodos cruéis. O mesmo instituto é alvo de outras denúncias do Ministério Público.

O Instituto Royal, por meio de seu advogado, nega qualquer tipo de irregularidade. Os representantes deixam claro que a empresa está devidamente registrada na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e que trabalha conforme as determinações legais.

O laboratório onde os cães eram deixados foi totalmente depredado pelos manifestantes. Dois boletins de ocorrência foram registrados: um trata da invasão ao laboratório e o outro se refere às denúncias de maus-tratos.