Pesquisa afirma que cafeína pode ajudar cérebro a fixar memórias
Amantes de uma boa xícara de café acabam de ganhar mais um argumento em favor dessa bebida. Isso porque um estudo conduzido por pesquisadores das Universidades Johns Hopkins e da Califórnia, ambas nos Estados Unidos, confere à cafeína a propriedade de consolidar memórias no cérebro.
A descoberta é destaque em edição do periódico científico Nature Neuroscience publicada neste domingo (12).
A atuação da cafeína como fixador de memórias foi identificada por meio de experimentos que envolveram 100 pessoas.
No primeiro experimento, os participantes assistiram à uma exibição de imagens. Logo após a tarefa, metade deles ingeriu uma pílula com 200 miligramas de cafeína, enquanto os outros 50 participantes ingeriram uma pílula inócua, sem nenhuma substância (um placebo).
No dia seguinte à exibição das primeiras imagens, ocorreu mais um experimento: dessa vez, os 100 participantes assistiram a mais uma exibição de imagens. Só que nessa etapa, as imagens vistas no dia anterior apareceram misturadas a novas imagens.
Os participantes, então, tinham de classificar as imagens que viam como "novas", "velhas" ou "semelhantes às primeiras fotos vistas".
O desempenho dos 100 voluntários mostrou aos cientistas que aqueles que haviam ingerido a pílula de cafeína tinham mais capacidade de apontar com exatidão quais imagens haviam de fato sido vistas no dia anterior (as "velhas") e quais apenas se pareciam com as que já tinham sido vistas.
Já os participantes que tomaram o placebo tendiam a apontar de forma errada as imagens, dizendo que as fotos parecidas eram as que haviam sido vistas no primeiro experimento.
A pesquisa afirma que antes de garantir que a cafeína seja capaz de consolidar memórias serão necessários mais testes.
Segundo o texto do estudo, doses inferiores a 200 miligramas de cafeína não surtiram o mesmo efeito. A cafeína também não ajudou a consolidar memórias quando ingerida apenas uma hora após a aplicação do primeiro teste.
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