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Genes são decisivos para aptidão musical, dizem cientistas

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

13/03/2014 06h00

Os genes que influenciam se alguém terá dom para a música acabam de ser identificados por cientistas. As funções dos genes analisados vão desde o desenvolvimento do ouvido a processos auditivos neurocognitivos, sugerindo que a aptidão musical é definida por uma sofisticada combinação genética.

Os resultados da pesquisa foram veiculados na mais recente edição do periódico científico Molecular Psychiatry.

O estudo, conduzido por time liderado pela pesquisadora Irma Jarvela, da Universidade de Helsinki, na Finlândia, contou com 767 participantes, que tiveram analisados seus genomas e suas habilidade de reconhecer e identificar tempo, duração e padrões sonoros em músicas.

A análise sinalizou aos cientistas que as mais importantes atividades ligadas à música são determinadas pelo cromossomo 4, incluindo funções como o desenvolvimento dos órgãos do canal auditivo, a habilidade de células capilares no ouvido converterem sons para sinais cerebrais e a interpretação emocional de sons, ocorrida em uma área do cérebro chamada amígdala cerebelosa.

O estudo traz, porém, uma consideração: a de que apesar da amplitude da pesquisa não é possível afirmar que a aptidão musical se trate apenas de uma questão genética, e que outros fatores, como cultura e educação, também desempenham papel fundamental na inclinação para a música de cada indivíduo.

Processo auditivo

A percepção da música se inicia por meio de células dedicadas e localizadas no ouvido. A informação sonora é, então, transmitida como sinais eletrônicos por meio do canal auditivo até o córtex auditivo, área em que os sons são finalmente reconhecidos.

Além dessa percepção sensorial, o processamento da música também envolve diversas outras regiões do cérebro, dizem os cientistas, incluindo as dedicadas ao processamento de emoções, aprendizado e memória.