Genes são decisivos para aptidão musical, dizem cientistas
![Getty Images/iStockphoto](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/2014/03/12/bebe-musica-1394664588058_615x470.jpg)
Os genes que influenciam se alguém terá dom para a música acabam de ser identificados por cientistas. As funções dos genes analisados vão desde o desenvolvimento do ouvido a processos auditivos neurocognitivos, sugerindo que a aptidão musical é definida por uma sofisticada combinação genética.
Os resultados da pesquisa foram veiculados na mais recente edição do periódico científico Molecular Psychiatry.
O estudo, conduzido por time liderado pela pesquisadora Irma Jarvela, da Universidade de Helsinki, na Finlândia, contou com 767 participantes, que tiveram analisados seus genomas e suas habilidade de reconhecer e identificar tempo, duração e padrões sonoros em músicas.
A análise sinalizou aos cientistas que as mais importantes atividades ligadas à música são determinadas pelo cromossomo 4, incluindo funções como o desenvolvimento dos órgãos do canal auditivo, a habilidade de células capilares no ouvido converterem sons para sinais cerebrais e a interpretação emocional de sons, ocorrida em uma área do cérebro chamada amígdala cerebelosa.
O estudo traz, porém, uma consideração: a de que apesar da amplitude da pesquisa não é possível afirmar que a aptidão musical se trate apenas de uma questão genética, e que outros fatores, como cultura e educação, também desempenham papel fundamental na inclinação para a música de cada indivíduo.
Processo auditivo
A percepção da música se inicia por meio de células dedicadas e localizadas no ouvido. A informação sonora é, então, transmitida como sinais eletrônicos por meio do canal auditivo até o córtex auditivo, área em que os sons são finalmente reconhecidos.
Além dessa percepção sensorial, o processamento da música também envolve diversas outras regiões do cérebro, dizem os cientistas, incluindo as dedicadas ao processamento de emoções, aprendizado e memória.
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