Sphere registra disco de poeira em torno de estrela
Captar imagens de planetas distantes não é uma tarefa fácil, pois esses astros estão muito próximos das estrelas que orbitam e seu brilho acaba ofuscando os planetas e dificultando a visualização. O Sphere, instrumento construído para estudar exoplanetas (planetas que orbitam em torno de estrelas que não são o sol), conseguiu atingir grau de contraste superior ao dos equipamentos já existentes. O uso do Sphere permitiu registrar o disco de poeira em torno da estrela HR 4796A de forma nítida, mesmo com o forte brilho do astro, que deixou os pesquisadores otimistas. A expectativa é que ele revolucione o estudo sobre esses planetas.
Os primeiros resultados do Sphere foram divulgados nesta terça-feira (3) pelo (European Southern Observatory), que faz parte do consórcio de instituições europeias lideradas pelo Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble, na França, responsáveis pela concepção e construção do equipamento, que funciona junto ao VLT (Very Large Telescope) no Observatório do Paranal, no Chile. O equipamento foi instalado em maio deste ano, após passar por testes de aceitação na Europa em dezembro de 2013.
Através da combinação de várias técnicas avançadas, o Sphere consegue obter o melhor contraste já visto na captação de imagens diretas de planetas que estão fora do sistema solar, em comparação aos resultados obtidos pelo Naco, primeiro equipamento a obter uma imagem direta de um exoplaneta. “O Sphere é um instrumento muito complexo. Graças ao trabalho árduo de todos os envolvidos na sua concepção, construção e instalação, já conseguimos superar todas as nossas expectativas” diz Jean-Luc Beuzit, investigador principal do Sphere e membro do Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble.
Beuzit afirma que esse é apenas o início dos benefícios que o Sphere trará à pesquisa científica. “O Sphere é uma ferramenta poderosa e única, que irá, sem sombra de dúvidas, revelar muitas surpresas excitantes nos próximos anos,” conclui. O equipamento estará disponível a toda a comunidade astronômica até o final do ano.
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