Estudo dá esperança a pacientes que sofrem com queda de cabelo
Certas doenças são capazes de causar queda constante de cabelo, como a Alopecia areata, uma doença autoimune que causa perda capilar em áreas arredondadas do corpo, inclusive no couro cabeludo. A doença afeta 2% da população mundial e cerca de 6,5 milhões de pessoas somente nos Estados Unidos, de acordo com a Fundação Nacional de Alopecia areata. Atualmente, não há tratamento aprovado capaz de reverter esse processo, que é altamente imprevisível, ou seja, o cabelo dos pacientes pode crescer e voltar a cair a qualquer momento.
Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Columbia, em Nova York (EUA), traz esperança para quem sofre com a doença. Estudos feitos em camundongos e testes realizados em humanos pela equipe norte-americana mostraram que administrar uma droga chamada ruxolitinib pode reverter o problema. Além disso, os pesquisadores afirmam ter elucidado a real causa da queda dos pelos e cabelo, apontando qual é o mecanismo celular responsável pelo problema, até então um enigma para a comunidade científica.
A substância ruxolitinib é aprovada pelo FDA (Food and Drug Administration), órgão de regulação sanitária dos Estados Unidos (equivalente à Anvisa no Brasil), para o tratamento de mielofibrose, um distúrbio grave na medula óssea.
Segundo os pesquisadores, a queda do pelo (ou cabelo) ocorre quando um conjunto de células do sistema imunológico ataca a base do crescimento dos cabelos, os folículos capilares. Essas células recebem “instruções” para atacar os folículos, o que leva à queda dos cabelos e pelos. Os cientistas identificaram que as células que enviam essas “instruções” podem ser atingidas pelas drogas chamadas inibidoras de JAK.
Antes de avaliar a teoria em humanos, eles fizeram testes em camundongos usando dos inibidores de JAK, ruxolitinib e tofacitinib. Os ratos apresentavam extensa queda de pelos por causa da doença. Após 12 semanas de tratamento com as substâncias, os animais tiveram os pelos completamente restaurados e permaneceram assim por vários meses após o fim da administração das drogas. Os pesquisadores descobriram que as substâncias interromperam o ataque das células T (do sistema imunológico) aos folículos capilares.
Após o teste em camundongos, a ruxolitinib foi administrada em três pacientes com Alopecia areata durante cinco meses. Eles ingeriram a substância diariamente e após o período do teste, o couro cabeludo estava completamente restaurado.
“Estudos clínicos adicionais são necessários para testar a efetividade da droga. No entanto, para pacientes com Alopecia areata, este é um resultado excelente porque oferece uma nova classe potencial de medicamentos que ainda não foram testados para essa doença, com alguns resultados iniciais promissores”, afirma a autora do estudo, Angela M. Christiano, professora de dermatologia e genética do Centro Médico da Universidade de Columbia, em Nova York.
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