Fotos aéreas ajudam a explicar anéis gigantes de pedra achados na Síria
Uma coleção de onze fotografias áreas do Arquivo Fotográfico Aéreo para Arqueologia do Oriente Médio podem ajudar a desvendar o enigma dos anéis de pedra antigos encontrados por arqueólogos da Universidade de Durham, na Inglaterra, perto de Homs, na Síria. Os estudiosas ainda não conseguiram descobrir para que os "Big Circles" (Grandes Círculos, em livre tradução) foram construídos.
De acordo com o site Live Science, as imagens, de curadoria do arqueólogo David Kennedy, da Universidade da Austrália Ocidental, revelam detalhes importantes das estruturas.
Os Grandes Círculos são formados por pedras empilhadas com poucos metros de altura. Segundo os arqueólogos, eles costumam medir cerca de 400 metros de diâmetro. "A razão do porquê essas estruturas são tão semelhantes é desconhecida, mas nós acreditamos que é apenas uma coincidência", disse Kennedy.
Os arqueólogos também desconhecem quando estas estruturas foram construídas. Com base nas fotografias e nos artefatos encontrados no chão da região, os círculos datam de pelo menos 2.000 anos, mas os cientistas não descartam que eles possam ter sido construídos na pré-história.
Para Kennedy, os círculos não seriam difíceis de construir, já que só eram utilizadas pedras locais. Ele estima que dez pessoas seriam capazes de completar o círculo grande em uma semana.
No entanto, a construção dos anéis com a precisão das que foram encontradas teria levado algum planejamento. "No caso desses círculos, que são quase precisos, seria necessário pelo menos uma pessoa para atuar como 'arquiteto'", explicou ele ao Live Science.
O arqueólogo afirma que o "responsável pela obra" poderia simplesmente ter amarrado uma corda comprida a um poste e se movido ao redor, marcando o chão. "Isso explicaria também as falhas vistas nos locais onde a terra era irregular", disse.
Uma possibilidade é que os anéis tenham sido construídos como uma espécie de mirante com uma visão panorâmica dos assentamentos e dos campos ao redor. Segundo os arqueólogos, é pouco provável que os círculos tenham sido usados como locais de sepultamento ou currais para animais, já que as paredes não tinham altura suficiente.
Para resolver o mistério, os arqueólogos ainda devem realizar um trabalho de campo nos locais, já que as imagens aéreas são úteis, mas não substituem a escavação.
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