Sonda Messenger revela provável chuva de meteoros em Mercúrio
O planeta mais próximo do sol parece ser atingido por uma chuva de meteoros periódica que estaria associada a um cometa. As pistas que apontam para a existência do “chuveiro de Mercúrio” foram descobertas na camada fina de gases que compõe a exosfera do planeta, e que está sendo estudada pela espaçonave Messenger, da Nasa (Agência Espacial Americana).
"A possível descoberta de uma chuva de meteoros em Mercúrio é importante porque o ambiente de plasma e poeira ao redor do planeta é relativamente inexplorado", disse Rosemary Killen, cientista planetária do Goddard Space Flight Center da Nasa, em Greenbelt, nos Estados Unidos.
Uma chuva de meteoros ocorre quando uma faixa de detritos derramada por um cometa ou um asteroide passa por um planeta. A radiação solar empurra para longe do sol os menores pedaços de poeira, pedra e gelo, criando a cauda luminosa do cometa. Os pedaços maiores formam uma ao longo da órbita do cometa um campo de minúsculos meteoritos.
A Terra tem várias chuvas de meteoros ao longo do ano, como as Perseidas, no hemisfério sul, e as Geminídeas, que acontecem na metade de dezembro. O cometa Encke deixou vários campos de detritos no interior do sistema solar, dando origem às Taurídeas, cujos picos acontecem em outubro e novembro, e o Beta Tauridea, entre junho e julho.
A Nasa trabalha com a hipótese de que o cometa Encke seria responsável pela chuva de meteoros em Mercúrio. “Se o nosso cenário estiver correto, Mercúrio é um coletor de poeira gigante", disse Joseph Hahn, do escritório do Instituto de Ciência Espacial de Austin e co-autor do estudo. "O planeta está sob cerco constante de poeira interplanetária e passa regularmente por esta outra tempestade de poeira, e que acreditamos ser do cometa Encke."
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