Cientistas descobrem algoritmo para retirar reflexo de fotos
Você já deve ter se sentido frustrado ao ver uma bela imagem pela janela e tentar tirar uma foto: nenhuma sai boa. Seus problemas podem ter acabado. Pesquisadores da universidade norte-americana MIT (Massachusetts Institute of Technology) descobriram um algoritmo que, se aplicado às câmeras fotográficas, pode oferecer o recurso de remover o reflexo automaticamente. A descoberta vai ser divulgada em junho em uma conferência.
O algoritmo leva em consideração que as fotos tiradas de janelas ou através de vidros geralmente têm duas imagens praticamente iguais. Os pesquisadores analisaram as janelas com vidros duplos, comuns na fria cidade de Boston. Nesses casos, as imagens têm um agravante a mais: são dois reflexos, um para cada vidro. Eles transformaram cada um dos reflexos em uma parte de uma complicada equação e chegaram a uma fórmula que pode enviar um sinal à câmera para ignorar as imagens iguais, quando elas existirem. Porém como fazer isso sem ignorar a imagem real, a que queremos guardar?
Os cientistas da computação do MIT estudaram, portanto, a diferença nas cores dos pixels para definir se havia um padrão. E havia. Nas fotos reais, ou seja, aquela que os usuários miram para tirar, geralmente há um padrão de cores entre os pixels e não há mudanças abruptas entre um e outro. No caso do reflexo, havia a discrepância de cor entre um pixel e outro e não havia um padrão de cores como vemos na natureza.
Para definir qual a imagem era a real e qual era o reflexo, os alunos criaram um algoritmo que divide os pixels em blocos de oito por oito (ou seja, pequeninos pedaços de imagem) e depois calcula a correlação de um pixel em relação ao outro. Se um pixel tem uma cor que não tem nada a ver com o outro, e não segue o padrão, está definido qual é o reflexo. As estatísticas foram aplicadas em 50 mil imagens e provaram que o algoritmo era eficaz.
Os estudantes, todos de pós-graduação, acreditam que o algoritmo vai ajudar desde a melhora das funções das câmeras digitais até o aprimoramento de olhos robóticos, para que não haja a confusão com imagens através de vidro.
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