Campanha no metrô discute capacidade dos genes de influenciar nossas vidas

O Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células Tronco (CEGH-CEL) da USP (Universidade de São Paulo) iniciou uma campanha no metrô de São Paulo para provocar os usuários a discutirem genética. Para isso, 200 cartazes foram espalhados entre as linhas verde e azul com as perguntas "A opção sexual está no DNA?", "A facilidade de aprender está no DNA?", "Ser um excelente atleta está no DNA?".

O organizador da campanha, o educador no CEGH-CEL, Rodrigo Mendes, conta que as primeiras reações são de surpresa e que o debate está levantado. "Não defendemos uma visão determinista da genética, mas é um fator a ser considerado, como em pontos que ninguém questiona, como a cor do olho.  Você é fruto das suas experiências, mas também do seu material genético", diz. 

Esta é a segunda campanha organizada pelo centro, que também distribuirá material didático para as escolas públicas de São Paulo. A ideia é oferecer um suporte aos professores mais próximo do dia-a-dia, como foi feito ano passado com o tema "diferentes, mas semelhantes" para falar sobre as diferenças entre espécies.

As respostas para as perguntas podem ser encontradas no site do Instituto do Genoma. Seja pela inteligência, opção sexual ou desempenho esportivo, a resposta é que são características multifatoriais, que irão depender da rotina e hábitos de cada um, mas também têm contribuição do material genético -- e o impacto em cada um irá variar.