"Temporal" de meteoros espalha astrônomos pela Paraíba
![Marcelo Zurita/ Reprodução](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/02/2015/12/17/17dez2015---astronomos-amadores-acompanham-na-paraiba-a-maior-chuva-de-meteoros-do-ano-1450399886984_615x470.jpg)
Já imaginou ver ao vivo um "temporal" de estrelas cadentes? Um grupo de astrônomos amadores da Paraíba se reuniu na noite de sábado (13) para domingo (14) para observar e documentar o fenômeno em diversas partes do Estado. Com tudo planejado, o grupo de astrônomos conseguiu contabilizar 164 explosões de meteoros durante a noite e madrugada. O fenômeno chamado de Geminídeas acontece todos os anos entre os dias 9 e 19 de dezembro.
Os integrantes se separaram entre as estações de monitoramento da Bramon (Rede Brasileira de Observação de Meteoros) em quatro cidades: João Pessoa, Ingá, Campina Grande e Picuí. Além disso, outra equipe ficou responsável por registrar a chuva de meteoros em Princesa Isabel.
O ponto escolhido para acompanhar o Geminídeas é de grande importância, pois é mais fácil enxergar os meteoros com o céu limpo e escuro, ou seja, longe dos grandes centros urbanos que normalmente possuem forte poluição luminosa. É preciso pensar também na fase da Lua, uma vez que sua luminosidade influencia na visibilidade do céu.
"O registro aqui na Paraíba foi muito importante por dois motivos: as condições meteorológicas no restante do país não estavam tão favoráveis e, além disso, aqui é onde estão o maior número de estações de monitoramento, garantindo uma excelente cobertura do fenômeno", diz o empresário Marcelo Zurita, que faz parte do time de astrônomos amadores e que conseguiu fotografar as estrelas cadentes.
As Geminídeas são pedaços de detritos de um objeto chamado 3.200 Phaethon, que se pensava ser um asteroide, mas agora é classificado como um cometa extinto. Segundo a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), o 3.200 Phaethon é o esqueleto rochoso de um cometa, que perdeu seu gelo por causa dos sucessivos encontros com o Sol. Como os meteoros parecem surgir no céu a partir da constelação de Gêmeos, o fenômeno foi nomeado de Geminídeas.
O fenômeno é observado anualmente em dezembro, pois é quando a Terra entra na corrente de detritos do 3.200 Phaethon. No momento em que esses meteoros entram em atrito com a atmosfera do planeta, eles são vaporizados e geram o espetáculo de luzes. A "chuva" pode alcançar a velocidade de 120 meteoros por hora em seu pico.
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