Comida de astronauta ajuda a combater a desnutrição na África
![Reprodução](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/2014/08/05/5jul2014---alga-spirulina-vendida-como-produto-para-peixes-solucao-para-a-desnutricao-na-colombia-dizem-pesquisadores-1407270114644_615x300.jpg)
Ao pesquisar alimentos para astronautas, cientistas se concentraram na spirulina, uma bactéria muito semelhante às algas e rica em proteína. A receita, que já foi provada no espaço, agora pode ser utilizada em um projeto para combater a desnutrição na República do Congo.
A dieta básica na região é a base de mandioca, que fornece fibras e carboidratos. A spirulina poderia complementar a alimentação local com proteína, vitamina A e ferro.
Nesta primeira fase do projeto a bactéria Arthrospira (nome cientifico da spirulina) é cultivada em banheiras de água com bicarbonato de potássio e outros ingredientes que podem ser encontrados na região. Os recipientes facilitam a colheita, e fornecem alimentação para uma família de até 6 pessoas.
A spirulina é ressecada e transformada em um pó. Dez gramas são polvilhadas em alimentos, o suficiente para satisfazer a maioria das necessidades alimentares, adicionando apenas um sabor mais salgado aos pratos.
O projeto é uma parceria da ESA (Agência Espacial Europeia) com o centro de pesquisas belga CEN SCK, que estão trabalhando com empresários locais para viabilizar o sistema de desenvolvimento e o consumo das bactérias nas aldeias.
De volta ao espaço
Para as missões longas, os astronautas devem cultivar os alimentos. A escolha da spirulina deve-se ao fato de ela crescer e se multiplicar rapidamente, então seriam ideais para o cultivo no espaço. As bactérias transformam dióxido de carbono em oxigênio e podem ser comidas como um delicioso suplemento, rico em proteína. Elas também são altamente resistentes à radiação encontrada no espaço.
O astronauta dinamarquês Andreas Mogensen, que passou uma semana na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), testou, durante a viagem, barras de cereais que continham spirulina.
Segundo os pesquisadores, o projeto Melissa (The Micro-Ecological Life Support System Alternative) nasceu há mais de 25 anos inspirado em ecossistemas como os encontrados em torno do lago Chad 1500 km ao norte de Bikoro, no Congo. O que torna justo, que a pesquisa também possa ajudar a população da região.
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