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Ele tem mais de 100 anos e seu empenho sexual salvou as tartarugas gigantes

Rodrigo Buendia/AFP
Imagem: Rodrigo Buendia/AFP

Do UOL, em São Paulo

15/09/2016 12h00

Diego pode até ser uma tartaruga, mas sua vida sexual não é nada lenta. Ele tem mais de cem anos e seu desempenho ajudou a salvar sua espécie da extinção, já que ele espalhou aproximadamente 800 descendentes por aí.

Cerca de 50 anos atrás, existiam apenas dois machos e 12 fêmeas da espécie de Diego, a Chelonoidis hoodensis, também conhecida como tartaruga gigante da ilha de Espanhola, em Galápagos. 

Diego foi descoberto depois, por pesquisadores do zoológico de San Diego (EUA). Ele havia sido capturado por expedições científicas ocorridas em algum momento entre 1900 e 1959. Em 1976, foi levado de volta a Galápagos, após receber o nome da cidade que o acolheu e a missão de ajudar a salvar a espécie.

Com cerca de 80 kg, 90 cm de comprimento e 1,5 metros de altura (se decidir esticar as pernas e o pescoço), ele compartilha seu espaço com seis fêmeas em um centro específico para reprodução de tartarugas.

Levantamentos genéticos feitos pelos pesquisadores do Parque Nacional de Galápagos apontam que hoje pelo menos 40% das tartarugas da ilha descendem de Diego.

Os biólogos dizem que ele é um reprodutor ativo e contribuiu para repovoar a ilha, que agora conta com mais de mil tartarugas gigantes --uma recuperação considerada incrível.

A espécie, no entanto, continua na lista de animais ameaçados de extinção e é considerada em "perigo crítico", por ter baixa diversidade genética e pouca capacidade de se adaptar as mudanças do meio ambiente. 

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Imagem: Arte/UOL