Trio divide Nobel de Química por criação de "máquinas moleculares"
Os pesquisadoraes Jean-Pierre Sauvage (França), Sir J. Fraser Stoddart (EUA) e Bernard L. Feringa (Holanda) vão dividir o prêmio Nobel de Química de 2016 pelo desenvolvimento de "máquinas moleculares", definidas como as "menores máquinas do mundo". A premiação foi anunciada nesta terça-feira (5) pela Academia Real Sueca de Ciências.
Em estudos separados, eles desenvolveram estudos que levaram ao desenvolvimento de estruturas moleculares capazes de executar movimentos controlados com o fornecimento de energia. Essas moléculas funcionam como minúsculos elevadores e motores, como músculos artificiais.
O primeiro passo foi dado por Sauvage em 1983, seguido por Stoddart, em 1991, e Feringa, em 1999.
De acordo com o anúncio da academia sueca, o estágio atual de desenvolvimento desses mecanismos é equivalente ao que os motores elétricos tinham em 1830, quando os cientistas trabalhavam com o movimento de manivelas e rodas, sem saber que o trabalho levaria à criação de veículos elétricos, máquinas de lavar e processadores de alimentos. De forma semelhante, as máquinas moleculares deverão levar à produção de novos materiais, sensores e sistemas de armazenamento de energia que hoje ainda não podem ser concebidos.
Semana de prêmios
Na segunda-feira (3), o japonês Yoshinori Ohsumi venceu o Nobel de Medicina, o primeiro da temporada. Ontem (4), os pesquisadores David J. Thouless, F. Duncan M. Haldane e J. Michael Kosterlitz ganharam o Nobel de Física. Na sexta-feira (7) será a vez do Nobel da Paz, e na segunda-feira (10) será entregue o prêmio em Economia. O Nobel de Literatura fecha a temporada em 13 de outubro.
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