Conheça os maiores telescópios terrestres de observação do mundo
As belas imagens de galáxias, nebulosas e planetas que deixam todos fascinados não são simples de obter. Para isso, cientistas investem em modernos telescópios de observação terrestre, com estruturas e espelhos enormes que garantem um bom registro.
Os maiores telescópios do mundo:
Quatro telescópios formam o VLT (Very Large Telescope), maior conjunto de telescópios ópticos do mundo em uma única localização, no Chile.
O instrumento é o mais avançado do mundo com espelhos principais de 8,2 metros, segundo o ESO (Observatório Europeu do Sul).
Os telescópios podem ser usados separadamente, mas também há a possibilidade de utilizá-los em conjunto, criando uma imagem que permite que os astrônomos observem detalhes com precisão 25 vezes maior do que a dos telescópios individualmente.
A galáxia espiral NGC 134 foi registrada pelo conjunto do VLT. É possível ver na imagem, em vermelho, nuvens brilhantes de gás quente onde as estrelas estão se formando.
O LBT (Grande Telescópio Binocular) fica no Mount Graham, a 3.300 metros de altitude nas montanhas do sudoeste do Arizona, nos Estados Unidos.
Os dois espelhos do LBT têm 8,4 metros de diâmetro e o telescópio foi criado por um grupo que uniu especialistas italianos, norte-americanos e alemães.
Uma das imagens feitas pelo equipamento (ao lado) mostra a DDO 68, uma galáxia anã com massa muito pequena, mas capaz de aglomerar menores galáxias próximas. A DDO 68 tem uma massa estelar total de 100 milhões de massas solares, cerca de um milésimo da Via Láctea.
O Hobby-Eberly Telesope, vulgo HET, tem um inovador sistema de rastreamento de estrelas que levou a uma redução de 80% nos custos iniciais em comparação com outros telescópios gigantes. Ele foi construído no Texas pela Alemanha e pelos Estados Unidos.
O espelho primário do HET tem 11,1 x 9,8 metros.
O telescópio está sendo modificado para "evoluir" para HETDEX (HET Dark Energy Experiment). Serão acrescentados 150 equipamentos que realizam registros fotográficos, o que permitirá que o telescópio mapeie a taxa de expansão do universo primitivo, mostrando como o universo evoluiu.
Na Espanha, mais precisamente na ilha de La Palma, está instalado o GTC (Gran Telescopio Canarias). O aparelho conta com uma tecnologia avançada e seu espelho refletor tem 10,4 metros de diâmetro.
A construção do telescópio, a 2.267 metros de altitude, levou sete anos e foi feita por uma parceria entre instituições da Espanha, México e Estados Unidos. O planejamento começou em 1987, envolvendo mais de mil pessoas e cem empresas. Em 2007, a primeira luz do GTC foi lançada.
O telescópio reproduziu uma imagem da NGC 6946, também conhecida como a galáxia dos fogos de artifício, uma galáxia em espiral que foi descoberta em 1798. O diâmetro da NGC é de aproximadamente 40 mil anos-luz, apenas um terço do tamanho da Via Láctea.
O Observatório W. M. Keck tem dois grandes e potentes telescópios: Keck 1 e Keck 2. Os equipamentos ficam a uma altitude de 4.145 metros, próximos de Mauna Kea, no Havaí.
Ambos têm espelhos de 10 metros de diâmetro e começaram a ser planejados em 1997, pela Universidade da Califórnia (Estados Unidos) e o laboratório Lawrence Berkeley. O Keck 1 foi inaugurado em 1993, e "seu irmão", Keck 2, começou a ser usado para observações científicas em 1996.
O maior telescópio do hemisfério sul é o SALT (Grande telescópio Sul-Africano). Ele conta com um espelho primário hexagonal de 11 metros de diâmetro e está em operação integral desde 2011.
Também conhecido como SALT, o aparelho fica em um observatório perto da cidade de Sutherland, na província do Cabo do Norte, e foi financiado por um consórcio de parceiros que uniu África do Sul, Estados Unidos, Alemanha, Polônia, Índia, Reino Unido e Nova Zelândia.
Uma das imagens que mostra as belezas que o SALT pode captar é a da nebulosa Laguna, uma gigantesca nuvem interestelar na constelação de Sagitário.
Além dos telescópios já existentes, projetos de uma nova geração de equipamentos estão saindo do papel.
"Não podemos dizer que estão quase prontos, não há um prazo estimado, mas existem três projetos buscando fundos para garantir a construção de telescópios muito maiores do que estamos acostumados", afirma Thiago Signorini Gonçalves, do Observatório do Valongo, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
O trio tecnológico é composto pelo E-ELT (European Extremely Large Telescope), GMT (Giant Magellan Telescope) e pelo TMT (Thirty Meter Telescope).
"Atualmente os maiores telescópios tmê espelhos de 10 metros por diâmetro, mas esses projetos visam espelhos de ao menos 30 metros. Será o início de uma nova geração, mas acho que é algo que acontecerá por volta de 2024", diz Gonçalves.
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