Respirar fundo realmente acalma; a ciência provou seus benefícios
Um novo estudo publicado na revista Science prova o que o senso comum diz “respirar fundo ajuda a acalmar”.
Kevin Yackle e seus colegas da Universidade de Stanford e de outras instituições nos Estados Unidos descobriram um pequeno grupo de neurônios no tronco cerebral que regula o equilíbrio entre respiração e atividade cerebral relacionada à calma ou ao estresse.
A técnica milenar de respirar para acalmar a mente é velha conhecida dos praticantes de meditação e yoga, mas até agora não se sabia como isso acontecia no cérebro.
A pesquisa mostra que a relação entre respiração e a atividade cerebral de ordem superior acontece no complexo de preBötzinger (preBötC). Esse grupo de neurônios no tronco encefálico dita o ritmo da respiração e regula o equilíbrio entre comportamentos calmos ou agitados.
Esse grupo de neurônios não é homogêneo e é composto por vários subgrupos. Um dos subgrupos gera o ritmo de respiração e projeta diretamente para um centro do cérebro que tem um papel crucial para os estados de alerta generalizado, atenção e estresse.
No estudo, a remoção dessas células não afetou a respiração normal, mas deixou os animais incrivelmente calmos. “O centro da respiração tem uma influência direta e dramática na ordem superior do cérebro”, relatam os pesquisadores.
O complexo foi descoberto em camundongos em 1991 em um estudo conduzido por Jack Feldman, um dos co-autores dessa pesquisa. Kevin Yacle e Mark Krasnow já haviam descoberto os neurônios responsáveis por suspirarmos em 2016.
Os novos resultados ajudarão pesquisadores e clínicos que exploram a respiração calma como forma de controlar a excitação excessiva, o estresse e ataques de pânico.
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