Como um garotinho ajudou a salvar uma espécie de sapo considerada extinta
Uma espécie de sapo que era considerada extinta no Equador há quase 30 anos não apenas "ressuscitou", nas palavras do pesquisador responsável por uma ampla pesquisa a respeito, como também teve sua sobrevivência assegurada. Tudo graças a um garoto, que encontrou uma colônia com mais de 30 indivíduos e ainda ganhou uma recompensa em dinheiro pela descoberta.
O jambato negro (Atelopus ignescens) foi catalogado pela primeira vez em 1849 e era comum na mata nativa equatoriana de altitude. Aos poucos, a espécie foi se tornando rara até que em 30 de março de 1988 um sapo da espécie foi visto pela última vez.
A partir do ano seguinte, quando aconteceu na Inglaterra o primeiro Congresso Mundial de Herpetologia (estudo de répteis), o jambato negro se tornou o símbolo da luta da ciência para entender por que em diversas partes do mundo sapos antes vistos aos montes haviam desaparecido.
Desde então, o jambato negro passou a ser caso de estudo no Equador e, em 2010, entrou para a lista dos sapos mais procurados no mundo, com o lançamento da Amphibian Survival Alliance (ASA, Aliança de Sobrevivência dos Anfíbios).
Mas foi em maio de 2016 que o jambato foi reencontrado. Artigo assinado pelo PhD Luis Coloma conta que o sapo foi encontrado pelo garoto de uma família camponesa e por um pároco. “O imaginário popular já murmura que sua aparição é um milagre do novo santo João Paulo II”, escreveu Coloma.
Um ano depois, a família foi recompensada com US$ 1 mil prometidos por um centro de estudos do Jambato, que deve garantir longos anos de estudos para ele no Equador. Já o animal está sendo criado em cativeiro, para que nunca mais desapareça. Hoje, a colônia já conta com 47 indivíduos.
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