Asteroide gigante vai passar 'de raspão' na Terra nesta quarta-feira
Maior do que as pirâmides do Egito e com uma velocidade de mais de 30 mil km/h. Essas são as características do asteroide 2016 NF23, que deve passar próximo à Terra na quarta-feira (29), segundo informações da Nasa. A agência espacial norte-americana classificou o corpo como "asteroide potencialmente perigoso" e o colocou em sua lista de observação.
A entidade classifica os Objetos Próximos à Terra (NEOs, na sigla em inglês) como "potencialmente perigosos" quando estão a menos de 7,4 milhões de km do planeta.
Estima-se que o asteroide tenha entre 70 e 150 metros de diâmetro, ou seja, pode ser maior que as imensas estruturas construídas pelos egípcios há cerca de 4.500 anos.
A Nasa informou que o asteroide vai passar a 0.03377 unidades astronômicas da Terra, o que é equivalente a 4,8 milhões de km, e viaja a uma velocidade de 32 mil km/h. Para dar uma base de comparação, o Sol está a cerca de 149 milhões de km de distância da Terra, daí o chamado 2016 NF23 ter sua passagem considerada como próxima ao nosso planeta. Com relação à velocidade, o avião supersônico Concorde faz 2.213 km/h (ou 2,04 vezes a velocidade do som).
Apesar da dimensão e da velocidade altíssima, o asteroide não deve ser motivo de preocupação, segundo os especialistas. O oficial de defesa planetária da Nasa Lindley Johnson disse, em entrevista ao site Space.com, que "não existe absolutamente nenhuma preocupação sobre a passagem do 2016 NF23".
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"Esse objeto é designado como 'potencialmente perigoso' somente por conta da sua órbita, que vai atingir 5 milhões de milhas (cerca de 8 milhões de km) de distância da Terra, mas não há nada de perigoso para o planeta", detalhou Johnson.
A Nasa chegou a emitir um comunicado oficial no ano passado esclarecendo que praticamente não existem possibilidades de um corpo espacial atingir a Terra no próximo século. "Nenhum asteroide atualmente conhecido tem previsão de impactar a Terra pelos próximos cem anos", diz o documento.
O professor de física e astronomia Daniel Rutkowski explicou ao UOL que algumas instituições brasileiras, como o projeto Impacton e o Observatório Sonear, vão estar atentos à passagem do asteroide. "O estudo desses objetos é importante não só por uma questão de compreender melhor o Sistema Solar, mas também por uma questão de sobrevivência: quanto antes sabermos se há algo em rota de colisão com a Terra, melhor."
Rutkowski ainda disse que os trabalhos de observação são árduos, principalmente por conta da dificuldade de detectar os astros. "No caso de meteoroides e asteroides é um tanto difícil de detectá-los já que são muito pequenos e, consequentemente, com pouco brilho", completou.
Qual a diferença entre asteroide, cometa e meteoro?
Durante o ano todo, a Terra é atingida por vários tipos de materiais cósmicos, mas boa parte deles não resiste ao atrito com o ar da atmosfera e se desintegra. Existem, entretanto, diferenças entre os corpos que chegam ao planeta. O asteroide é um objeto rochoso, relativamente pequeno e inativo, que orbita o Sol. O meteoroide é um conjunto de sobras de asteroides ou cometas.
Quando um meteoroide ou um asteroide resistem à passagem pela atmosfera terrestre e atingem o solo do nosso planeta, ele é classificado como um meteorito. Já o meteoro é um fenômeno que ocorre ao longo da atmosfera da Terra e deixa um rastro de luz no céu. O cometa é um objeto de gelo relativamente pequeno, mas muitas vezes ativo, que tem cauda de gás e poeira.
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