Não foi da noite para o dia: os pequenos passos da humanidade até a Lua
Resumo da notícia
- Novo livro recontas pequenos passos da humanidade até a chegada à Lua
- Neste sábado (20), completam-se 50 anos da chegada do homem ao nosso satélite
- Almanaque envolve elementos tecnológicos, científicos, artísticos e culturais
No próximo sábado (20) será comemorado o aniversário de 50 anos do primeiro passo dado pelo homem na Lua, um marco da humanidade. Mas essa aventura no espaço não se restringe a esse momento. Na verdade, faz parte de uma evolução de milênios dos humanos como sociedade, culminando nesse desfecho histórico.
É exatamente essa abordagem que retrata o almanaque '100 Passos Até uma Pegada', escrito por Lauro Henriques Jr. e publicado pelo selo Tordesilhas. O livro busca retratar os inúmeros avanços que a humanidade deu até chegar a esse marco - seja do ponto de vista tecnológico, científico, artístico ou cultural envolvendo a Lua.
"Dois critérios principais foram os norteadores do livro. Primeiro, o quanto determinado evento transformou definitivamente a forma como o ser humano enxergava e lidava com o mundo, de como aquela descoberta científica ou criação artística alterou o nosso modo de ser e de pensar. Além disso, outro critério foi buscar dar ao livro o caráter mais abrangente possível, trazendo para os leitores toda a diversidade de áreas em que a Lua influenciou - e influencia - a nossa vida", explicou ao UOL Ciência Lauro Henriques Jr.
A obra retrata fatos históricos e científicos - como descobertas de Galileu e a ida dos russos para o espaço -, mas também abrange aspectos culturais que envolvem nosso satélite, como quadro de Van Gogh e livros ao longo da história. A pedido do UOL Ciência, os responsáveis pela publicação separaram alguns dos 100 fatos marcantes presentes no livro. Confira abaixo:
Cerca de 1300 a.C.: registro de eclipse
Entre os resquícios mais remotos e confiáveis de um eclipse estão as inscrições feitas em ossos e cascos de tartaruga encontrados nas proximidades da cidade de Anyang, na China. Registrados há milhares de anos, eclipses da Lua e do Sol eram recebidos com pavor pela maioria dos povos da Antiguidade, que enxergavam esses fenômenos como presságios de alguma fatalidade.
Os antigos chineses, por exemplo, acreditavam que um gigantesco dragão estivesse devorando a Lua ou o Sol durante um eclipse, e as pessoas chegavam a atirar flechas para o ar, bater tambores, panelas, e gritar com o intuito de afugentar o tal dragão. Para se ter noção de quanto essa ideia estava arraigada no imaginário popular, o termo usado na língua chinesa para "eclipse" - o ideograma shi - também queria dizer "comer".
Século II a.C.: a Lua e as marés
Famoso por apresentar as maiores ondas de maré do planeta - fenômeno que ocorre quando a maré alta do oceano forma ondas que sobem contra a corrente nos rios -, o Rio Qiantang, na China, atrai a curiosidade de turistas e estudiosos há séculos. Foi exatamente às suas margens, onde a elevação da maré oceânica gera ondas de até 9 metros de altura, que os antigos chineses descobriram a conexão entre as marés e as fases da Lua.
Praticamente na mesma época, o astrônomo e filósofo grego Posidônio também observou a relação entre os ciclos lunares e as variações das marés no Mar Mediterrâneo.
1500: a deusa da Lua
Quando aportaram na costa daquele desconhecido território que seria batizado de Brasil, os europeus tiveram contato com sociedades indígenas que já habitavam essas mesmas terras havia mais de 10 mil anos. Essas comunidades, que totalizavam milhões de habitantes, contavam com uma complexa organização social, assim como uma mitologia riquíssima.
Entre os tupis, por exemplo, uma das divindades era justamente a deusa da Lua. Guardiã da noite, protetora dos vegetais, dos amantes e da reprodução, Jaci é irmã e esposa de Guaraci, o deus do Sol. Segundo a teogonia indígena, certo dia o deus do Sol se cansou da sua eterna labuta e resolveu dormir um pouco. Porém, bastou Guaraci fechar os olhos e, pronto, o mundo mergulhou nas trevas. Foi então que Tupã, o supremo criador, deu vida à formosa Jaci para iluminar a escuridão enquanto o Sol repousava.
1609: Galileu olha para o céu
Impressionado com a invenção do telescópio, o astrônomo e matemático italiano Galileu Galilei colocou a genialidade à obra e desenvolveu uma versão ainda mais potente do instrumento. Imediatamente, ele passou a esquadrinhar o céu com o auxílio de telescópios e suas observações transformavam, para sempre, o universo da astronomia.
Entre outras coisas, Galileu fez um mapeamento da superfície da Lua, mostrando que, ao contrário do que se acreditava, o solo lunar não era liso, mas coberto de crateras e montanhas. Ele também descobriu quatro luas na órbita de Júpiter, assim como um número muito maior de estrelas do que até então se tinha notícia.
As descobertas de Galileu comprovaram a teoria heliocêntrica de Copérnico, que, décadas antes, havia realizado todas as suas observações a olho nu. Por sua defesa de que a Terra girava em torno do Sol, e não o contrário, Galileu foi acusado de heresia pela Igreja e, em 1633, acabou sendo condenado pelos tribunais da Inquisição a passar o resto da vida em prisão domiciliar.
Não há nenhuma evidência de que ele, de fato, tenha sussurrado a lendária frase 'Eppur si muove' ("No entanto, ela se move") após ser obrigado a renegar que a Terra se move em volta do Sol. Porém, muito do que ele disse não deixa por menos: "não me sinto obrigado a acreditar que o mesmo Deus que nos dotou de sentidos, razão e intelecto pretenda que não os utilizemos".
1753: por que a Lua é sempre escura?
Nascido na Croácia, o astrônomo e matemático Ruggiero Giuseppe Boscovich foi o primeiro a demonstrar que, diferentemente da Terra, a Lua não tem atmosfera. A ausência de atmosfera é o motivo pelo qual o céu do nosso satélite é sempre preto, mesmo que o Sol esteja brilhando a pino sobre a superfície lunar. Resumidamente, a questão é esta: o azul que vemos no céu da Terra é resultado do espalhamento das ondas de luz vindas do Sol pelas partículas da atmosfera. Como a Lua não tem atmosfera para espalhar a luz solar, o céu por lá é sempre escuro, seja dia ou seja noite.
1777: a Lua na música
A primeira jornada musical que, de forma mais elaborada e consistente, envolveu o nosso satélite se deu pela batuta do compositor austríaco Franz Joseph Haydn. Considerado um dos principais nomes do período clássico da música, ao lado de Mozart e Beethoven, Haydn apresentou a ópera cômica 'Il mondo della Luna' ("O mundo da Lua") diante de uma plateia de nobres no suntuoso Palácio Esterházy, na Hungria.
Baseada no libreto escrito pelo dramaturgo italiano Carlo Goldoni, a ópera de Haydn acompanha as trapalhadas de um pseudoastrônomo e seu amigo, que, apaixonados pelas filhas de um rígido aristocrata, juntam-se às duas irmãs e arquitetam um plano mirabolante para conseguirem se casar: eles preparam todo um cenário como se fosse o solo lunar, e, depois de administrar um elixir inebriante para o pai das moças, conseguem iludi-lo de que havia sido transportado para a Lua. Lá, então, tem um encontro com o Imperador da Lua (na verdade, um servo disfarçado) e este, por fim, acaba convencendo o aristocrata de que suas filhas deveriam se casar com a dupla de amigos.
1783: homens ao ar
Aprimorando a "espaçonave" criada pelo padre Bartolomeu de Gusmão, os franceses Jacques-Étienne e Joseph-Michel Montgolfier, conhecidos como irmãos Montgolfier, desenvolveram balões capazes de sustentar o peso de uma pessoa, finalmente realizando a proeza de colocar os primeiros seres humanos no ar em segurança.
Depois de fazer algumas apresentações públicas de sua invenção - em que chegaram a enviar uma ovelha, um galo e um pato como passageiros do balão -, no dia 21 de novembro os irmãos Montgolfier deixaram a população de Paris em êxtase ao lançar pelo espaço o seu enorme aeróstato, que sobrevoou a cidade por cerca de 25 minutos com os pilotos Jean-François Pilâtre de Rozier e François Laurent d'Arlandes a bordo.
A façanha da dupla de inventores posteriormente lhes garantiu uma homenagem em solo lunar, onde dão nome à Cratera Montgolfier. Só que, no caso deles, há uma curiosidade a mais. A Montgolfier faz parte de um conjunto de crateras cujo formato peculiar acabou ganhando o apelido de "pata do gato", e foi justamente bem perto desse local que, quase dois séculos após a decolagem dos irmãos franceses, os astronautas da Apollo 11 pousaram o seu "balão" na Lua.
1824: entendendo a formação da Lua
O astrônomo alemão Franz von Gruithuisen foi o primeiro a sugerir que as crateras da Lua se formaram a partir da colisão de meteoros na sua superfície. Na verdade, como se descobriu após a análise das rochas que foram trazidas pelos astronautas, o próprio surgimento do nosso satélite estaria ligado a um impacto gigantesco ocorrido durante a formação do Sistema Solar.
Segundo a teoria mais aceita sobre o nascimento da Lua, há cerca de 4,5 bilhões de anos um protoplaneta imenso chamado Theia, que tinha o mesmo tamanho de Marte, cruzou a órbita da Terra e bateu de frente com o nosso planeta. A explosão foi tão colossal que varreu Theia do mapa e lançou boa parte da crosta terrestre para o espaço.
Uma grande quantidade dos estilhaços caiu de volta na Terra - que então era uma "jovenzinha" com cerca de 50 milhões de anos -, mas a maior parte desses fragmentos acabou formando um anel de rochas incandescentes que ficou girando na órbita terrestre. E foi esse material que, eventualmente, se aglutinou e deu origem à Lua.
1889: 'A Noite Estrelada'
Como não poderia deixar de ser, muitos luminares da pintura também foram arrebatados pela Lua na hora de dar vida às suas criações. Nesse ano, por exemplo, o holandês Vincent van Gogh a transformou no cintilante farol que, do alto de seu devaneio, ilumina 'A Noite Estrelada'. Cada um no seu estilo, outros grandes nomes da arte no século XIX, como o pintor norueguês Edvard Munch e o ilustrador francês Gustave Doré, também imortalizaram a musa celestial em suas obras.
1945: trunfo nazista
Com o fim da Segunda Guerra, os Estados Unidos e a então União Soviética dividiram o controle do território alemão e de todo o aparato tecnológico desenvolvido pelos nazistas, o que incluía as avançadas pesquisas no campo dos foguetes. A divisão do espólio nazista também incluiu as mentes mais brilhantes da engenharia alemã. E, nesse sentido, os Estados Unidos levaram vantagem: criador dos poderosos foguetes V-2, o cientista Wernher von Braun se entregou ao exército norte-americano e, junto com outros especialistas de sua equipe, foi levado para os Estados Unidos. Lá, ele se tornou uma figura central do programa espacial americano.
Com uma trajetória de vida que, para muitos, causa um misto de atração e repulsa, Von Braun talvez seja uma das figuras que mais bem reflita toda a complexidade da alma humana. Foi o interesse pela exploração espacial e, sobretudo, sua vontade inabalável de levar o homem à Lua, que fez com que Von Braun se voltasse para a construção de foguetes e tenha se tornado, aos 20 anos de idade, um dos principais nomes da pesquisa espacial alemã.
Porém, com a ascensão de Hitler ao poder na década de 1930, Von Braun e outros cientistas tiveram que focar na criação de foguetes para a máquina de guerra nazista. Foi ao longo desse período que ele e sua equipe desenvolveram o que viria a ser uma das armas mais potentes do exército nazista, os temíveis foguetes V-2. Lançados com sucesso pela primeira vez em 1942, eles foram usados pelas tropas de Hitler para bombardear a Inglaterra durante a Segunda Guerra, causando milhares de mortes.
Acontece que, embora tivesse plena clareza dos objetivos que os nazistas tinham com o V-2, Von Braun só pensava no foguete como um instrumento para chegar até a Lua. Na verdade, Von Braun chegou até a ser preso pelo comando nazista durante a guerra, justamente por afirmar que seu único interesse em relação aos V-2 era a conquista da Lua, e não a de outros países - ele só não ficou atrás das grades por conta de um pedido feito ao próprio Hitler.
Com a aproximação do fim do conflito, Von Braun já tinha planos de se entregar, pois acreditava que só nos Estados Unidos conseguiria dar prosseguimento às suas pesquisas para levar o homem até a Lua. Dito e feito. Foram suas pesquisas com o V-2 que serviram de base para o desenvolvimento dos futuros foguetes usados pela Nasa, culminando com a criação do gigantesco Saturno V, que levaria a Apollo 11 até a Lua.
12 de abril de 1961: um homem no Espaço
Em mais um triunfo acachapante da União Soviética, nesse dia, às 9h07, Yuri Gagarin decolou a bordo da nave Vostok 1 para tornar-se o primeiro homem a viajar pelo Espaço. Com apenas 27 anos de idade, o cosmonauta permaneceu 108 minutos na órbita da Terra, tempo suficiente para dar uma volta completa em torno do planeta e, ao aterrissar de volta, transformar-se instantaneamente em celebridade mundial.
Tratado como herói na União Soviética, ele recebeu inúmeras honrarias no país - até a maior cidade de sua região natal, a antiga Gzhatsk, passou a chamar-se Gagarin em sua homenagem. Como parte de sua missão, o piloto saiu em turnê pelo mundo como garoto-propaganda do regime comunista. Ele fez, inclusive, uma festejada visita ao Brasil, onde foi condecorado com a Ordem do Mérito Aeronáutico pelo então presidente Jânio Quadros e paparicado por socialites da época.
Simpático e sorridente, Gagarin era a arma perfeita na guerra simbólica que os soviéticos travavam com os americanos pelas mentes e corações do mundo. Afinal, ele era o único que, pela primeira vez e por experiência própria, podia afirmar: "a Terra é azul".
2 de abril de 1968: marco do cinema
Nesse dia, chegou aos cinemas de Washington, nos Estados Unidos, o longa-metragem '2001: Uma Odisseia no Espaço', obra-prima dirigida pelo cineasta americano Stanley Kubrick e roteirizada em parceria com o escritor inglês Arthur C. Clarke. A partir de um conto chamado 'A Sentinela', escrito por Clarke anos antes, os dois criaram um enredo original sobre um grupo de astronautas que, após escavar um misterioso monólito enterrado sob a superfície da Lua, parte numa jornada que vai conduzi-los às origens - e ao futuro - da própria humanidade.
A película traz algumas das cenas mais emblemáticas do cinema, como o momento em que - ao som da sinfonia 'Assim Falou Zaratustra', do alemão Richard Strauss, inspirada no livro homônimo de Nietzsche -, o macaco pré-humano descobre como usar uma ferramenta e, num corte magistral, o filme salta diretamente para o futurístico ano de 2001.
21 de dezembro de 1968: resposta norte-americana
Os americanos responderam com o lançamento da Apollo 8, a primeira missão tripulada a entrar em órbita na Lua. Levando os astronautas Frank Borman, James Lovell Jr. e William Anders a bordo, a Apollo 8 acelerou de vez a contagem regressiva para o tão sonhado desembarque do homem na Lua. Antes de retornar à Terra, no dia 27 de dezembro, o trio de astronautas da Apollo 8 completou dez voltas ao redor do satélite, realizando inúmeras manobras, testes e observações para o futuro pouso na superfície lunar.
Na noite de Natal desse ano, eles ainda fizeram uma grandiosa transmissão ao vivo para telespectadores de todo o mundo: no que seria a maior audiência de TV até então, eles leram trechos do livro do Gênesis e enviaram imagens da Terra vista do espaço. A tripulação da Apollo 8 também foi responsável por capturar uma das imagens mais icônicas de nosso planeta, quando presenciaram o que ficou conhecido como o "nascer da Terra" por trás do horizonte lunar.
16 de julho de 1969: partiu Lua
Pouco depois das 9h30, a voz do chefe de Relações Públicas da Nasa, Jack King, ecoou pelos alto-falantes do Centro Espacial Kennedy: "Sessenta segundos e contando [...] Neil Armstrong acaba de relatar: 'A contagem regressiva está indo muito bem'. Acabamos de passar da marca dos cinquenta segundos. Transferência de força completa [...] quarenta segundos para a decolagem da Apollo 11. Todos os tanques de combustível [...] estão pressurizados [...] vinte segundos e contando [...] o controle agora é interno [...] 10, 9, sequência de ignição iniciada, 6, 5, 4, 3, 2, 1, zero, todos os propulsores funcionando... Decolagem!".
Então, exatamente às 9h32 (10h32 no horário de Brasília), o Saturno V se lançou em direção ao céu numa extraordinária apoteose de som e chamas. E não era para menos. No momento da partida, o foguete pesava quase 3.000 toneladas, sendo que a maior parte desse peso era composta simplesmente pelo combustível necessário para acelerar a nave em direção à Lua.
20 de julho de 1969: um salto para a humanidade
Então, na manhã do esperado dia, Neil Armstrong e Buzz Aldrin saíram engatinhando do módulo de comando através de um pequeno túnel e tomaram seus postos no módulo lunar Eagle. Após a checagem final dos sistemas, os astronautas se desacoplaram do módulo de comando e dispararam os foguetes do Eagle para o mergulho rumo à superfície do satélite.
A fase final da descida, contudo, seria extremamente tensa e, por pouco, o módulo lunar não se espatifou de encontro à Lua. O local de pouso no Mar da Tranquilidade havia sido escolhido por ser relativamente plano e livre de obstáculos mas, quando já se encontravam bem próximos do solo, Armstrong e Aldrin perceberam que não estavam sobre o ponto planejado para o pouso.
Pior: a região que eles sobrevoavam estava longe de ser livre de obstáculos. Sem titubear, Armstrong assumiu o controle manual e foi dirigindo o Eagle de modo a evitar o terreno pedregoso.
A manobra consumiu mais combustível do que o previsto, e, quando a nave tocou o solo, faltavam míseros trinta segundos para que a quantidade reservada para o pouso acabasse. Finalmente, às 17h17min39s de Brasília, a nave pousou na Lua. Após alguns segundos de expectativa que pareceram durar uma vida inteira no centro de controle da missão, vieram as festejadas palavras de Armstrong: "Houston, aqui é a Base da Tranquilidade. A Águia pousou".
Após algumas horas, que incluíram um período de checagem e preparação dos equipamentos, Armstrong abriu a escotilha do Eagle e, lentamente, foi descendo pela escada até que, precisamente às 23h56min15s de Brasília, cravou a bota no até então imaculado solo lunar.
"Este é um pequeno passo para um homem, um gigantesco salto para a humanidade", anunciou o astronauta, numa frase que, instantânea e grandiosamente, ecoou a mais de 384.000 quilômetros de distância. Estima-se que mais de 530 milhões de pessoas em todo o planeta, cerca de um sexto da população mundial na época, tenham acompanhado pela TV as imagens transmitidas pela câmera do módulo lunar.
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