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Artista alemão "hackeia" Google Maps e cria engarrafamentos virtuais

Simon Weckert "hackeou" o Google Maps e criou engarrafamentos virtuais - Reprodução/Site/Simon Weckert
Simon Weckert "hackeou" o Google Maps e criou engarrafamentos virtuais Imagem: Reprodução/Site/Simon Weckert

05/02/2020 11h15

A estratégia é simples. Dentro de um carrinho de mão, o alemão Simon Weckert carrega 99 celulares smartphones com o aplicativo do Google Maps ativado por diversas ruas de Berlim. O passeio do artista plástico pouco interfere no mundo real, mas cria engarrafamentos no Google Maps.

A ferramenta do Google usa a informação de localização de seus usuários para informar as condições de tráfico das vias de todo o mundo e indicar os caminhos mais rápidos para quem busca sua rota no aplicativo.

Uma rua com muitos usuários ativos que se deslocam vagarosamente é entendida pelo aplicativo como um ponto de muito trânsito, e será assinalada pelo sistema com a cor vermelha, sinal de engarrafamento.

O alemão entendeu o funcionamento e "hackeou" o sistema. "É possível fazer uma rua que aparecia em verde ficar vermelha, e isso tem um impacto no mundo físico pois envia carros a outras vias para evitar o tráfego", explica Weckert.

A consequência não é apenas a mudança de cores na tela, registrada no site de Welckert, mas a alteração na rota de quem passava pela mesma região de Berlim no momento em que o artista fazia sua performance.

Performance viralizou

O passeio virou um vídeo de cerca de dois minutos com nome de Hack do Google Maps (Google Maps Hacks). Publicado no Youtube no dia 1° de fevereiro, a performance já foi vista por mais de 1,8 milhão de pessoas.

Para Gilles Dawidowicz, consultor do Google Maps na França, o artista não demonstra um problema do sistema, mas a esperteza do alemão.

"Não há um erro do Google Maps. O Maps é baseado em algoritmos e aprendizado de máquina. O computador nunca enfrentou uma pessoa com 99 smartphones. Esse não é um caso previsto em nossos três cenários de avaliação de congestionamento, sendo o mais pessimista, portanto, ativado neste caso", explicou o geógrafo ao jornal Le Parisien.