Facebook exclui Neymar e celebridades de regras de publicação, diz jornal
O Facebook exime celebridades, políticos e outros usuários seletos de algumas de suas regras de publicação, como parte de um programa lançado como um mecanismo de controle de qualidade. A revelação, feita nesta segunda-feira (13) pelo jornal "Wall Street Journal" (WSJ), gerou uma série de reações da rede social.
O Facebook exime celebridades, políticos e outros usuários seletos de algumas de suas regras de publicação, como parte de um programa lançado como um mecanismo de controle de qualidade. A revelação, feita nesta segunda-feira (13) pelo jornal "Wall Street Journal" (WSJ), gerou uma série de reações da rede social.
O programa, conhecido como "verificação cruzada", ou "XCheck", protege milhões de usuários de elite das regras que o Facebook afirma aplicar igualmente a todos na rede social, aponta o artigo, que cita documentos internos.
O porta-voz do Facebook, Andy Stone, defendeu o programa em uma série de tuítes, embora tenha assinalado que o gigante das redes sociais está ciente de que a aplicação de suas regras "não é perfeita". "Não existem dois sistemas de justiça; é uma tentativa de proteção contra erros", publicou Stone no Twitter, em resposta ao artigo do WSJ.
O artigo cita exemplos de publicações feitas por personalidades como Neymar, que compartilhou imagens de uma mulher nua que o acusou de estupro, as quais o Facebook acabou removendo posteriormente.
Um padrão duplo para a moderação de conteúdo desafiaria as garantias que o Facebook deu a uma junta independente estabelecida como árbitro final nas disputas sobre o que pode ser publicado na rede social mais usada no mundo. "A Junta de Supervisão expressou em múltiplas ocasiões sua preocupação com a falta de transparência nos processos de moderação de conteúdo do Facebook, especialmente aqueles relacionados ao gerenciamento inconsistente de contas de alto perfil", disse o porta-voz da junta, John Taylor.
O artigo do WJS reporta que alguns usuários estão incluídos em uma "lista branca", por meio da qual recebem proteção contra descumprimentos, enquanto, em outros casos, a revisão de conteúdo potencialmente problemático simplesmente não é feita. O XCheck cresceu até incluir pelo menos 5,8 milhões de usuários em 2020, segundo o artigo.
Em uma publicação de três anos atrás sobre a verificação cruzada, o Facebook indica que isso não protege o perfil, a página ou o conteúdo de ser removido, "apenas é feito para garantir que nossa decisão seja a correta".
Com informações da AFP
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