Matuê lança disco mais musical e com banda, que mostra hoje no Rock in Rio
O trapper Matuê, 30, vai apresentar nesta sexta (13) no Rock in Rio pela primeira vez seu álbum novo, o "333", lançado na segunda e que na terça já tinha virado a maior estreia de um álbum brasileiro no Spotify.
"É um disco muito mais musical. Eu já preparei imaginando como seria tocado com uma banda ao vivo."
"333" carrega inspirações de vários gêneros musicais, explica o cantor. "A primeira metade do disco tem o trap tradicional. No final, tem músicas como '333', que já é uma proposta completamente diferente, com influências do boom bap, neo-soul e jazz."
Diferente do trap tradicional, o artista traz uma banda em suas músicas. "É o elemento principal do álbum. Meu propósito nesse show é inspirar a rapaziada jovem a querer pegar o instrumento de novo. Não querer ser só MC."
Sinto que os instrumentos são deixados um pouco de lado, ainda mais agora, nessa era com tudo muito digitalizado. Quero inspirar os jovens justamente a voltar a tocar guitarra, teclado, baixo, bateria.
Cantor também contou que levará um convidado especial para o festival. "É uma incógnita, mas tenho certeza de que vai mexer bastante no cenário nacional do rap. Será a alegria de muitos na plateia."
'Proibicionismo é pior'
O cantor defendeu a regulamentação da maconha.
A planta não faz mal a ninguém. Na verdade, sendo regulamentada, a venda e o uso serão mais responsáveis. É justamente isso que a gente tenta chamar a atenção.
Matuê falou sobre a importância do uso medicinal da canabis, planta que dá origem à maconha. "Precisamos trazer um estigma diferente. Não cabe às pessoas julgar se é medicinal para a pessoa ou não. Ninguém sabe pelo que ela está passando e por que utiliza."
Até o proibicionismo é pior para quem é contra a maconha. Regulamentá-la acaba organizando muito mais a situação ali, para todo mundo.
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