Do trap ao metal: 3 momentos em que os palcos secundários do RiR brilharam

O show inaugural da décima edição do Rock in Rio, na sexta-feira, deixou claro que o festival, aos 40 anos, quer se renovar.

No palco Sunset, MC Daniel, MC Soffia e Rebecca se uniram a uma orquestra para um show coletivo em celebração ao funk.

Foi a primeira vez que a música-tema do festival - aquele que começa com "se a vida começasse agora" - foi entoado no parque olímpico nesta edição. E foi ao som da batida do tamborzão.

Recado de que o festival busca renovação. Isso se viu claramente no primeiro dia, quando Matuê e Travis Scott abriram e fecharam, respectivamente, o palco Mundo, com shows cheios de energia e uma plateia de novinhos.

Mas foram os palcos Supernova e Sunset, que conseguiram introduzir nomes de quem vem depurando os gêneros de forma diferente - e nunca antes haviam tocado no festival.

Foi a chance também de artistas, que conquistaram milhões de ouvintes nas plataformas à deriva da indústria, ganharem destaque na programação.

Ainda que a nostalgia tenha marcado presença, foram os palcos que melhor guiaram os três dias do primeiro final de semana.

O TOCA esteve lá e destaca o melhor do que rolou fora do palco Mundo:

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Primeiro dia: Trap e funk ao pôr do sol

O Sunset recebeu shows coletivos e em formatos especiais para celebrar o dia do trap - um dos dias mais comentados e com a energia mais juvenil até o momento.

Depois do "funk orquestra", Orochi, Chefim e Oruam - nomes quentes desse amálgama do gênero com o funk - fizeram um show com pose e energia de rock star: plateia na mão, mosh no público e músicas cantadas em coro.

Veigh, um dos trappers de maior sucesso da atualidade, se uniu a Kayblack, para celebrar os muitos hits que os dois acumularam em tão pouco tempo.

Ele lançou seu primeiro álbum de estúdio, "Dos Prédios", em 2022, meses depois da última edição. Mas dois anos foi o bastante para que Veigh ganhasse destaque. Carismático, ele utilizou até passinhos para dar mais corpo aos sucessos ao vivo.

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Segundo dia: Nostalgia também tem valor

No dia em que o rock pop mais genérico, de bandas como One Republic e Imagine Dragons, ganhou destaque, o Sunset ofereceu um cardápio de qualidade para quem gosta de um hit radiofônico.

O encontro de Pato Fu com Penélope não serviu só para relembrar os sucessos de duas décadas atrás, mas serviu uma aula de como fazer música pop - bem tocada, redondinha, feita para cantar junto.

Apesar da presença dos gringos Christone "Kingfish" Ingram e James, com pouquissíma aderência no Braisl, o palco acertou em trazer o último show da turnê de reencontro do NX Zero. Cedo ou tarde isso ia acontecer - e o clima de despedida no Rock in Rio deixou tudo mais especial.

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Terceiro dia: O rock está (muito) vivo

O domingo roqueiro trouxe à Cidade do Rock um público mais velho. Havia ali tanto bandas que passaram pela primeira edição do festival, como Os Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho, quanto outras que sequer chegaram a pisar na Cidade do Rock na época de maior sucesso, como o Planet Hemp.

Mas o palco Supernova deu a resposta certeira para quem acha que o gênero que dá nome ao festival vive só de nostalgia.

Numa tacada só, teve Black Pantera, The Monic e Cripta - hoje, indicada como uma das bandas de metal mais importantes do país. Após uma turnê bem sucedida lá fora, elas voltaram ao Brasil para coroar o sucesso internacional.

E os vídeos das rodas de pogo no show do Black Pantera lembraram os dias mais pesados da história do festival.

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* O repórter viajou a convite da Natura

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