Multidão de roqueiros e refúgio funkeiro: como foi o 3º dia de Rock in Rio

O terceiro dia do Rock in Rio reuniu uma multidão de roqueiros na Cidade de Rock neste domingo (15). Marcado por shows de ícones do estilo, como a banda norte-americana Avenged Sevenfold, o festival também ofereceu espaços para quem queria algo mais calmo, como uma roda de samba com Diogo Nogueira, ou até mesmo um refúgio funkeiro.

Como foi o terceiro dia de RiR

15.set.2024 - Paralamas do sucesso se apresentam Palco Mundo na terceira noite do festival Rock In Rio
15.set.2024 - Paralamas do sucesso se apresentam Palco Mundo na terceira noite do festival Rock In Rio Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

A multidão de preto deixava claro que o destaque do dia era o rock. E Os Paralamas do Sucesso abriram as apresentações em grande estilo com clássicos que embalaram a plateia no Palco Mundo, em mais uma tarde com altas temperaturas no Rio de Janeiro.

O Journey trouxe para o festival o "hard farofa" em um showzaço. Já o Evanescence trouxe canções de seu disco mais recente, mas o público empolgou mesmo foi com os clássicos lançados pela banda nos anos 2000, como "Bring Me to Life", "Going Under" e "My Immortal".

15.set.2024 - Evanescence se apresenta Palco Mundo na terceira noite do festival Rock In Rio
15.set.2024 - Evanescence se apresenta Palco Mundo na terceira noite do festival Rock In Rio Imagem: Filipe Reveles/Photo Premium/Folhapress

Ainda no palco Mundo, o principal do evento, o grupo de heavy metal Avenged Sevenfold fez os fãs pularem, cantarem e baterem cabelo em um show empolgante. Entre uma canção e outra, pausa para encorajar os fãs a serem fiéis a quem são e a espalharem amor e respeito ao próximo.

O vocalista do Avenged Sevenfold, M. Shadows, se apresenta Palco Mundo na terceira noite do Rock in Rio
O vocalista do Avenged Sevenfold, M. Shadows, se apresenta Palco Mundo na terceira noite do Rock in Rio Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

No Palco Sunset, o Planet Hemp convidou Pitty e passou como um trator pelo festival. Energética em sua fusão afiadíssima de hardcore, rap e funk 70, a banda emplacou hits e empolgou a multidão e honrou o rock ao não perder a essência política. O Planet também fez gestos em defesa da legalização da maconha enquanto baseados infláveis eram atirados sobre a galera.

15.set.2024 - Planet Hemp se apresenta Palco Sunset na terceira noite do festival Rock In Rio
15.set.2024 - Planet Hemp se apresenta Palco Sunset na terceira noite do festival Rock In Rio Imagem: Wagner Meier/Getty Images
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No menos disputado palco Supernova, o Black Pantera afirmou sua força revolucionária do ódio e do amor. Direto e preciso nas letras e nos riffs, sem dar voltas em seus recados, o grupo é um soco no estômago de racistas e fascistas de toda ordem. Eles, aliás, destacaram o caminho árduo de serem "homens pretos fazendo rock antirracista no Brasil".

No meio de tanto rock, um refúgio para quem curte funk. MC Hariel se esforçou para dar sentido a uma escalação torta e acolheu refugiados do funk no Espaço Favela do Rock in Rio deste domingo (15) dominado por bandas de hard rock no resto dos palcos. Poze do Rodo também passou pelo espaço. A impressão foi de que a organização esqueceu de convidar artistas da periferia que cantam outros estilos além do funk.

Cantores afiadíssimos em suas críticas. Fora dos palcos, algumas personalidades deram declarações polêmicas em entrevistas. BNegão, do Planet Hemp, criticou a inclusão de artistas sertanejos no evento. Marcelo D2 disse não curtir a ostentação no trap, que, para ele, passa a falsa impressão de que "a favela venceu". Pitty alfinetou a organizaçãodo RiR pela falta de cantoras de rock no palco principal do festival.

15.set.2024 - MC Hariel se apresenta no espaço Favela na terceira noite do Rock in Rio
15.set.2024 - MC Hariel se apresenta no espaço Favela na terceira noite do Rock in Rio Imagem: Divulgação/GR6

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