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'Crossfiteira', Gloria Gaynor canta em Curitiba, São Paulo e no Rock in Rio

Gloria Gaynor se apresenta na estreia do documentário 'Gloria Gaynor: I Will Survive', no Tribeca Festival 2023, em Nova York Imagem: Dipasupil/Getty Images para o Tribeca Festival

Claudia Assef

Colaboração para Toca, em São Paulo

19/09/2024 12h00

Conhecida por dar voz a uma das músicas de auto-ajuda mais brilhantes já escritas, Gloria Gaynor está ansiosa para voltar ao Brasil e comer uma das iguarias de que mais tem saudade: pirarucu na brasa.

Gaynor, nascida Gloria Fowles em 7 de setembro de 1943, em Newark, New Jersey, é uma das cantoras mais icônicas da era disco e já perdeu as contas de quantas vezes se apresentou no país.

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Agora ela retorna para uma miniturnê com shows no Rock in Rio (sexta, 20), São Paulo (sábado, 21, no Espaço Unimed) e Curitiba (dia 23, no Teatro Positivo). "Estou muito animada para reencontrar os fãs e a culinária brasileira", diz.

Em entrevista via ligação de Whatsapp para Toca, o assunto culinária veio à tona pois a cantora está prestes a estrear um programa de culinária na TV norte-americana.

Vou fazer uns pratos que comia na minha infância, que aprendi com minha mãe, além de algumas receitas que eu mesma criei usando peixes e carnes, sobremesas e acompanhamentos. Vou misturar a minha paixão pela cozinha com histórias da minha vida. Gloria Gaynor

E com certeza boas histórias não irão faltar. Uma das mais famosas conta que seu maior hit, "I Will Survive", música que proporcionou a grande virada na carreira de Gaynor — e que se tornou hino de empoderamento para mulheres e para a comunidade LGBT —, quase foi lançada como lado B do single de "Substitute", faixa que era a aposta da gravadora e que a cantora odiou.

Assim que leu a letra de "I Will Survive", escrita pela dupla Freddie Perren e Dino Fekaris, ela previu a avalanche de sucesso e cantou a bola para a Polydor: "Isso, sim, vai ser hit". O resto é história.

A cantora americana Gloria Gaynor Imagem: Dia Dipasupil/Getty Images for Tribeca Festiva

A canção rendeu a ela o Grammy de Melhor Gravação Disco em 1980, único ano em que a categoria existiu, tirando o doce da boca de uma concorrência de peso: Michael Jackson ("Don't Stop 'Till You Get Enough"), Rod Stewart ("Do You Think I'm Sexy") e Earth, Wind & Fire ("Boogie Wonderland").

Além de ter vendido mais de 14 milhões de cópias e ter sido traduzida para 20 idiomas, "I Will Survive" ajudou a tirar muita gente da cama em dias difíceis com sua narrativa de superação e força. "Sinto-me muito feliz de ter feito bem para tanta gente com minha música, é um presente", diz a cantora com sua voz de veludo à prova de wi-fi ruim.

Crossfiteira e fã de DJs

Superação, taí uma palavra que Gaynor conhece bem. Desde desentendimentos com o ex-marido, uma relação desequilibrada que se arrastou por 26 anos, até problemas sérios de coluna, decorrente de um acidente no palco em 1978, Gaynor tem lugar de fala quando canta que "vai sobreviver".

Veja a capa do álbum 'I Will Survive'

Após inúmeras cirurgias para aplacar dores crônicas nas costas, ela encontrou no crossfit o equilíbrio na saúde física e mental. Atualmente ela consegue fazer prancha por mais de dois minutos seguidos.

Assim como Donna Summer e Diana Ross, Gaynor fez a alegria dos DJs dos anos 1970 com músicas que tinham na cadência 4 por 4 da bateria (bumbo, caixa e chimbal), um padrão mais amigável para as pistas de dança, fazendo a cama perfeita para suas vozes exuberantes.

Foi de Gaynor um dos álbuns mais inovadores nesse sentido. Lançado em 1975, o disco "Never Can Say Goodbye" inovou com suas faixas mixadas umas às outras, como se fosse um set.

O disco foi produzido pelo DJ Tom Moulton, que ficou conhecido como o pai da mixagem graças a esse álbum e que se consolidou como um dos maiores produtores e remixers de música dançante até hoje.

Veja performance de 'Never Can Say Goodbye'

Eu sou fã do trabalho dos DJs pois eles prolongam a diversão, a alegria de estar numa pista de dança. No caso do meu álbum, eu dou todo o crédito a Tom Moulton. A partir do que ele fez no meu disco, nasceu a mixagem com os toca-discos. Gloria Gaynor

Depois de um documentário sobre sua vida, "I Will Survive", lançado em 2023, a cantora trabalha no roteiro de um filme que irá contar sua trajetória, com lançamento previsto para 2025. "Quem faria meu papel? Taraji Henson seria perfeita, mas ela anda muito ocupada", diz, deixando essa resposta em aberto.

Para finalizar meus minutos com a diva, pergunto se ela pretende deixar algum ensinamento com o longa.

A cantora Gloria Gaynor durante show em Nova York em 2023 Imagem: Dia Dipasupil/Getty Images for Tribeca Festival

Espero que as pessoas reconheçam, especialmente os jovens, que estar no show business é um negócio. Quero que as pessoas reconheçam a diferença entre relações pessoais e relações comerciais e não permitam que uma interfira na outra, como eu fiz. E, acima de tudo, quero que elas aprendam o quão importante é ter um relacionamento com Deus através de Cristo. Gloria Gaynor

Para quem quiser escutar mais ensinamentos da rainha da disco e conselhos em forma de música, da disco à gospel, os ingressos estão à venda.

Gloria Gaynor

  • São Paulo

Quando: sábado (21), às 22h
Onde: Espaço Unimed (r. Tagipuru, 795, Barra Funda)
Quanto: a partir de R$ 230
Classificação: 16 anos
Ingressos à venda pelo site da Ticket 360.

  • Curitiba

Quando: segunda (23), às 21h
Onde: Teatro Positivo (r. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300)
Quanto: a partir de R$ 300
Classificação: livre
Ingressos à venda pelo site da DiskIngressos.

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