28 dias em acampamento, horas em ônibus: as loucuras para ver Katy Perry
Katy Perry é a principal atração deste quinto dia de Rock in Rio e atrai fãs apaixonados. Muitos deles cometem loucuras e passam "perrengues chiques" para ir às apresentações da ídola, dentro ou fora do Rock in Rio.
O que aconteceu
Splash conversou com fãs que chegaram cedo para conquistar um lugar na tão sonhada grade — ou perto dela. Há quem venha de outros estados do país, quem enfrentou horas de sol na fila e quem vai segurar o xixi até a última nota.
Os amigos Diego Lucas, 28, Eugenio Moraes, 27, e Anna Camargo, 26, já enfrentaram um acampamento de 28 dias para ver Katy Perry em Curitiba, em 2015. Inclusive, foi lá que eles se conheceram. A amizade já dura 15 anos e eles seguem indo juntos aos shows.
"Nossa maior loucura foi esperar pela Katy Perry em um acampamento por 28 dias para ver um show. Somos de Curitiba, colocamos a meta de ser os primeiros fãs da Katy a entrar no lugar. Conseguimos e movimentamos Curitiba", lembrou Diego, estudante de Engenharia.
"Isso aconteceu há 10 anos, em 2015, e somos amigos desde então. A gente vai juntos aos festivais, viaja juntos", afirmou Anna, farmacêutica.
"Para o Rock in Rio, chegamos ao Rio de Janeiro na quarta-feira. Aqui no festival, chegamos às 13h, quase 11 horas antes do show, e enfrentamos um pouquinho de sol. Vale a pena pela Katy. A Katy faz parte de uma geração do boom do pop, luta até pela questão LGBT. Eu me entendi gay por causa da Katy Perry", completou Eugenio, publicitário.
Já o estudante Lucas Valadares, 27, saiu de Pará de Minas e enfrentou dez horas de viagem de ônibus até o Rio de Janeiro. O que ele não esperava era que o solado do tênis descolasse e ele vivesse um "perrengue chique". Ao Toca, ele conta ser fã da artista há 13 anos.
"Vou ficar aqui e não posso andar porque meu tênis está descolando. Vale a pena pela Katy, poucas vezes na vida posso vê-la. Sempre viajo para ver a Katy. É perrengue. Tenho história. Sempre vou com roupas que lembram a Katy. No último show, vim com o look da turnê. Mas agora, como é surpresa, vim só com a blusa do álbum que lançou hoje, o '143'", afirmou Lucas.
A administradora Méscia Santos, 54, tem perrengues para contar desde 1985. Ela, que foi ao festival para ver Katy e Ivete Sangalo, tentou furar fila e entrar sem pagar na primeira edição do festival. Não conseguiu e ficou ouvindo do lado de fora. Depois daquela edição, foi a todas — e pagando.
"Em 1985, eu tinha 15 anos, éramos cinco irmãos, o mais velho trabalhava lá dentro. Eu moro em Jacarepaguá, fomos andando e tentamos furar a fila, mas não deu certo. Ficamos do lado de fora só ouvindo... Hoje, cheguei às 12h30 e fiquei no sol. Todo mundo com o braço queimado. Meu cartão está estourado, mas está tudo bem, em suaves prestações. Estamos aqui. A Robertinha [Medina] tem que me dar um ingresso", disse ela, aos risos.
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