Tate McRae celebra volta do pop dançante: 'As pessoas querem ser felizes'

Tate McRae lançou recentemente o single "It's ok I'm ok", a primeira faixa de seu próximo álbum, ainda sem título. No ano passado, a canadense de 21 anos decolou nas paradas com "Greedy", canção que já soma mais de um bilhão de reproduções nas plataformas de streaming.

Em entrevista ao UOL, Tate conta como está se preparando para a próxima fase artística, da expectativa para a primeira vinda ao Brasil e da volta do pop dançante e "chiclete".

Para Tate, o aspecto visual e a dança são muito importantes na hora de lançar um novo projeto e foram decisivos na escolha do single. "Para 'It's ok I'm ok', surgiu uma referência visual muito forte na minha cabeça. Eu soube assim que terminei a faixa e a batida, tive uma ideia completa. Eu soube exatamente que queria lançá-la no Madison Square Garden no último show da minha turnê. Eu sabia como eu queria que o vídeo fosse. Eu sabia qual sensação queria passar, qual impressão. [...] Visualmente, tudo ficou exatamente do jeito que eu queria, o que é muito especial para mim."

A cantora já foi finalista de um reality de dança e sempre inclui coreografias elaboradas em suas apresentações. Com apenas 15 anos, Tate foi finalista do reality americano "So You Think You Can Dance". "Se eu não consigo visualizar um clipe ou uma coreografia, é muito difícil, para mim, acreditar em uma música. Assim que essa faixa toca e a batida aparece, sinto que evoca algo em mim como dançarina que não sinto como cantora."

Tate diz que sua nova fase musical é mais "madura e crescida". Com o novo single, Tate engata a divulgação do segundo álbum menos de um ano depois do lançamento do primeiro, "Think Later", que contou com sucessos como "Greedy" e "Exes". Ela conta com uma equipe estrelada e que "admira de verdade" já na primeira faixa: Ryan Tedder (OneRepublic, Beyoncé), ILYA (Ariana Grande, Ellie Goulding), Savan Kotecha (The Weeknd, Ariana Grande) e Hannah Lux Davis (Ariana Grande) na direção do clipe.

Eu crio tantas músicas, com sons tão diferentes e gêneros tão diferentes, que tudo que é lançado é literalmente só uma porcentagem do que passei criando o ano todo. É muita tentativa e erro, muitos experimentos sonoros. [...] A produção agora é mais do tipo de música que tocaria no meu carro. É mais madura e crescida, o que é animador de fazer aos 21 anos. Tate McRae

Ela afirma ainda que a hipersexualização não é uma questão, e que está confortável com a sensualidade que exibe nos clipes. Em uma das cenas do novo clipe, por exemplo, ela aparece "censurada" como se estivesse completamente nua. "As pessoas ficaram muito chocadas, mas eu estava completamente vestida no set", conta. "Quando se trata de mulheres, às vezes a parte da arte é excluída e só focam no seu corpo ou na sua aparência."

Vejo como uma obra de arte. [...] Nunca fico olhando para o meu corpo. Olho para a coreografia, para como é filmado, os ângulos, as cores. É difícil quando as pessoas veem tudo de forma sexual quando há muito mais ali. Tate McRae

Ela diz acreditar que o público sentiu falta de músicas mais dançantes e alegres, algo que enxerga em seu trabalho. Após o sucesso estrondoso de artistas como Billie Eilish e Taylor Swift, que apresentam muitas vezes composições mais densas e reflexivas, o pop está vendo a ascensão de estrelas como Sabrina Carpenter, Chappell Roan e a própria Tate, com músicas dançantes e mais leves. "A coreografia e a dança fazem parte da natureza humana. As pessoas amam isso e amam isso na música", avalia.

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Às vezes, as pessoas querem se sentir felizes. Isso ficou esquecido por um tempo, algo tipo: 'A única coisa que as pessoas acham legal é música deprimente, sombria.' Há tantas texturas e sons na música, e felicidade é uma emoção que muitos de nós queremos sentir através dela. [...] Eu danço no palco porque me traz muita alegria, e as pessoas conseguem enxergar isso. Tate McRae

Tate é uma das atrações do Lollapalooza Brasil 2025 e está animada para se apresentar no sábado (29/03). "Eu nunca estive aí e ouvi de muitos amigos artistas que o Brasil tem um dos melhores públicos. Então acho que vai ser muito divertido."

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