'Use uma armadura': líder do Manowar, Joey DeMaio fala da turnê pelo Brasil

Conversar com Joey DeMaio, baixista e líder da banda americana Manowar, é ter a absoluta certeza de que as músicas do quarteto são realmente compostas por ele. Simpático e bastante empolgado, ele enfatiza praticamente todos os diálogos com frases de efeito que claramente poderiam fazer parte das letras do grupo, reforçando todo o poder do heavy metal. Mas, se tem uma coisa que ele faz questão de ressaltar é, de fato, o seu amor incondicional pelo Brasil.

O que ele disse

"Quem já esteve no Brasil sabe que muitos países deviam aprender uma lição com vocês. Um povo receptivo, amigável, com uma energia linda", afirmou o músico, em entrevista a Toca. E, justamente por isso, agora no final deste mês, o Manowar retorna aos palcos brasileiros, praticamente um ano depois de sua apresentação única em São Paulo.

Apesar de ser uma das maiores, São Paulo não é a única cidade do Brasil. Temos fãs em todo o país. É nossa responsabilidade levar nossa música até a maior quantidade de lugares em que nos querem. Já tocamos para 600 pessoas no polo norte. Vamos até onde a nossa galera está. Joey DeMaio, do Manowar

A nova turnê, que atende pelo pomposo nome de "Crushing the Enemies of Metal" (basicamente, esmagando os inimigos do metal), traz um Manowar em show solo. Mesmo em meio a um calendário cada vez mais consolidado de grandes festivais de heavy metal no Brasil —Knotfest, Bangers Open Air (o ex-Summer Breeze), Monsters of Rock, entre outros.

"Adoramos tocar em festivais, mas o Manowar precisa de um palco grande, de um sistema de som enorme...", explica DeMaio, reforçando a busca da banda por perfeição.

Tem que ser o festival certo, com as luzes certas, com o som adequado. Não vamos levar um monte de merda pros nossos fãs, tudo tem que estar perfeito. Joey DeMaio, do Manowar

Sobre o que esperar dos shows, o baixista faz mistério sobre o setlist. Mas as últimas apresentações foram um mix de clássicos e algumas canções de discos mais recentes — considerando que, fora alguns EPs, seu último lançamento oficial foi "The Lord of Steel", de 2012.

Talvez haja alguma novidade nesta passagem por aqui, porque, além da versão regravada de "Sign of The Hammer", clássico de 1984 que o Manowar está reinterpretando, a banda também trabalha em um novo álbum de inéditas. "Vai envolver canções destruidoras, incendiárias, brutais, rápidas. Vai ter poder, gritos e puras batalhas. É o máximo que posso contar agora. Muita energia".

Você pode pegar gasolina e incendiar as suas bolas. É isso que se sente quando o Manowar toca. Joey DeMaio, do Manowar

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Energia, aliás, é o que ele garante que não falta a esta formação atual (que outrora teve dois brasileiros, o guitarrista E.V. Martel e o baterista Marcus Castellani, ambos descritos como "fenomenais" pelo líder). Isso afasta toda e qualquer ideia de aposentadoria, como vem acontecendo recentemente com algumas bandas clássicas, em suas turnês de despedida.

"Eu respeito as decisões pessoais de cada um", diz, sobre os colegas roqueiros contemporâneos, reforçando, no entanto, o quanto estão orgulhosos de suas atuais performances ao vivo. "Eric (Adams) nunca cantou tão bem, Dave (Chedrick) na bateria está espetacular. E o que dizer de Michael Angelo Batio, uma pessoa incrível e um excelente guitarrista? Estamos em outro nível."

Para quem nunca esteve em um show do Manowar, Joey DeMaio dá um conselho divertido, mas entregue com total seriedade. "Use uma armadura", afirma. "O som vai te jogar no chão".

Nos anos 1980, os membros do Manowar gostavam de exibir os corpos; a partir da esq., Joey DeMaio (de sunga de couro preta), Ross the Boss, Eric Adams e Scott Columbus
Nos anos 1980, os membros do Manowar gostavam de exibir os corpos; a partir da esq., Joey DeMaio (de sunga de couro preta), Ross the Boss, Eric Adams e Scott Columbus Imagem: Fin Costello/Redferns

Ele, no entanto, reforça que o grupo deve obviamente voltar para São Paulo um dia. "Não sei quando, não sei como, mas vai ser grande. Vai ser maior do que da última vez. Aquele lugar era muito pequeno".

Em tempo: a passagem do Manowar pela capital paulista foi no Espaço Unimed, com capacidade para 8.000 pessoas. Definitivamente, pensar pequeno nunca foi característica destes guerreiros do metal.

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Manowar: Crushing the Enemies of Metal

  • 20/11 - Live Curitiba, Curitiba/PR

R. Itajubá, 143 - Novo Mundo

  • 22/11 - Galpão 17, Brasília/DF

SMAS Área Especial G Conjunto A Lotes 16 e 17

  • 24/11 - Armazém 14, Recife/PE
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Av. Alfredo Lisboa, s/n

  • 26/11 - Vivo Rio, Rio de Janeiro/RJ

Av. Infante Dom Henrique, 85

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