Kalaf Epalanga fala de Kuduro e Brasil: 'Nosso tambor é o mesmo'
O músico e escritor angolano Kalaf Epalanga defende uma união maior entre DJs brasileiros e africanos. "Somos um grupo linguístico, falamos a mesma língua, a música é muito semelhante", diz. "Esse tambor é o mesmo, estamos interligados".
Epalanga esteve no Coala Festival 2024, em setembro, em São Paulo, e conversou com o TOCA sobre os 20 anos de história do movimento Kuduro, que revolucionou a música na África e impactou o mundo.
Responsável pela co-curadoria do palco Enchufada, o ícone angolano conquistou esse reconhecimento com o projeto Buraka Som Sistema, que combina ritmos angolanos com influências de dancehall, funk carioca e batidas eletrônicas.
Formado em 2006, o coletivo liderado por Branko, Riot, Conductor e Kalaf Epalanga, mais tarde com Blaya nos vocais, ganhou destaque com hits como "Kalemba (Wegue Wegue)" e "Sound of Kuduro", colaborando com nomes como M.I.A.
Sua energia única conquistou palcos de festivais como Glastonbury e Coachella, tornando o Buraka um ícone da fusão entre culturas africanas e europeias.
Atualmente com a banda em hiato, o músico deixou no ar a possibilidade de um retorno futuro do grupo que popularizou o kuduro.
"Faz parte da cultura musical os regressos", disse.