Brega funk, batidão, rap e indie: as apostas do TOCA para a música em 2025

Que o TOCA é o lugar ideal para você conhecer artistas e cenas de todos os cantos do País, isso não é segredo. Ao longo de 2024, onde teve música, lá estava o TOCA. E em 2025 não vai ser diferente, não é, mesmo?

Mas, mais do que estar presente, o TOCA quer adiantar um pouco do que vem por aí no próximo ano. Por isso, a plataforma juntou seus 26 colaboradores para elaborar uma lista com 10 dos nomes mais quentes que têm tudo para você ouvir falar em 2025.

Tem brega funk, batidão, pop, indie rock, rap, experimentalismo e mais. Vem conferir!

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Imagem: Elisa Mendes/Divulgação

Nina Maia

Nina Maia vem construindo um espaço interessante dentro da cena independente brasileira. Nos últimos anos, participou de trilhas sonoras de filmes, colaborou com as cantoras Tiê e Céu e lançou singles. "Inteira", seu álbum de estreia, veio em outubro para consolidar seu status de aposta que está se tornando realidade.

Minimalista, calcado em texturas e forte trabalho vocal, o disco mistura elementos de jazz, MPB e vertentes eletrônicas, onde Nina canta uma poesia delicada e existencialista. Indo do trip hop de "Menininha" ao samba de "Mar Adentro", "Inteira" foi bem recebido pela crítica e rendeu a sua autora a indicação na categoria Artista Revelação de 2024 do prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA).

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Imagem: Victor Takayama/UOL

Sofia Malta

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A atriz pernambucana se lançou oficialmente na carreira musical em 2022 já dizendo a que veio: "Respira", seu primeiro single, trouxe uma mistura orientada para as pistas, misturando pop eletrônico e ritmos regionais. A pegada continuou nos anos seguintes, culminando no lançamento do EP "Não Vim ao Mundo Pra Ser Pedra", em 2024.

Reunião de singles já lançados, "Não Vim ao Mundo Pra Ser Pedra" é puro suco de Brasil, trazendo letras sobre relacionamentos levadas por um amálgama de brega funk, pagodão baiano e tecnobrega - tudo muito bem embalado por uma roupagem pop. Finalista do TOCA Revela, tem previsão de lançar um EP com três músicas em parceria com o produtor Dudu Marote.

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Imagem: Thaís Veronica/Divulgação

Viviane Batidão

Auto-intitulada Rainha do Tecnomelody, Viviane Batidão trabalha há mais de 25 anos os ritmos do Pará. Nesse tempo, gravou mais de uma dezena de discos e DVDs, se consolidando como um dos grandes nomes da música do Norte do Brasil. Entre seus hits, estão "Galera da Golada", "Eu Te Venero" e "Olha Bem pra Mim" - seu primeiro sucesso, com mais de 3 milhões de plays no Spotify.

Este ano, foi indicada a duas categorias no Prêmio Multishow, levando o troféu na categoria "Brasil" como representante do Norte. Em 2024, lançou uma regravação de "Olha Bem Pra Mim" com a cantora de forró Solange Almeida e participou do show de Ludmilla em Belém.

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Imagem: Lisi Potyguara/Divulgação

Kaê Guajajara

Kaê Guajajara nasceu em uma aldeia em Mirinzal (MA), mas mudou-se ainda criança para o Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Na favela, tomou contato com a música, especialmente o rap e o funk, mas sem desapegar de sua cultura ancestral. O resultado é uma das artistas mais interessantes em atividade no Brasil hoje, que ganhou destaque ao se apresentar no Palco Favela no Rock in Rio.

A base musical de Kaê pode ser o universo do hip hop, mas, em três álbuns já lançados, ela vai muito além. Em "Forest Club", lançado em setembro deste ano, por exemplo, ela traz um pop eletrônico dançante em "Sumaúma", faz releitura de disco music cantando em inglês e português em "I Can Feel Too Much" e chama Rincon Sapiência para dueto no reggaeton "Quilombo Aldeia".

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Imagem: João Arraes/Divulgação

Uana

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Na quentíssima cena pop pernambucana, Uana é uma das mais incendiárias. Depois de vários singles lançados ao longo dos últimos anos, a cantora soltou seu álbum de estreia em setembro: "Megalomania", cheio de participações especiais da nova cena brasileira, como Rachel Reis, Mago de Tarso e Joca.

No repertório, uma mistura bem urdida de pop com ritmos regionais, como brega e maracatu, mas também apresenta arrocha, afrobeat, house, trap e funk paulista. Sim, Uana não conhece limites e não à toa venceu o Women's Music Even da revista Billboard na categoria Revelação em 2023.

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Imagem: Victor Takayama/UOL

Yori

Formada em 2022 por Fah Lyma e Nego Lias, a dupla Yori aposta em um trabalho vocal como pouco se vê na música brasileira, misturando MPB com vertentes da música black — especialmente soul e R&B. Dos experimentos nasceu a primeira canção, o single "Anáguas", em 2023. A música botou a dupla na estrada, se apresentando na Expo Favela, no BC Jazz Fest em Balneário Camboriú e, mais recentemente, no Festival Satyrianas.

Este ano veio o primeiro EP, "Superfície Lisa e Muito Polida", com quatro faixas que trazem as vozes da dupla como principais instrumentos - responsáveis por franquear a vitória do duo no TOCA Revela. Agora, Fah Lyma e Nego Lias vão gravar um EP com três faixas produzido por Dudu Marote - além de se apresentar no palco do CarnaUOL 2025, que tem Christina Aguilera como headliner.

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Imagem: Fernanda Opitácio/Divulgação

Cristal

De Porto Alegre (RS) vem uma das vozes mais potentes da black music brasileira. É Cristal, atuante na cena hip hop da capital gaúcha desde 2017 e que este ano lançou seu primeiro disco, "Epifania". O show de lançamento foi na Casa Natura Musical, em São Paulo, com pista cheia.

Acompanhada do produtor MDN Beatz, a cantora não esconde as influências: muito Cassiano, Tim Maia e Sandra de Sá. Ou seja, soul e funk made in Brasil da melhor qualidade. A exemplo de seus singles anteriores, Cristal se equilibra entre a reverência ao passado e o olhar no presente no debut. Em "Corre" ela desacelera enquanto cita "BR-3" de Tony Tornado, traz participações da rapper paulista Drik Barbosa "Love Community" e faz seu rap em "Isso É o Que Eu Soul".

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Imagem: Ian Souza/Divulgação

O Cheiro do Queijo

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É teatro? É circo? É música? O projeto O Cheiro do Queijo é tudo isso e mais. É também denúncia social, experimentalismo e orgulho. Criado em 2018, chega ao seu segundo trabalho, "Sound Circo", lançado este ano com mentoria e participação de Russo Passapusso, do Baiana System, além de Carú Lina, Mumutante e Sertão Rap.

Em seu caldeirão de referência, entra de hip hop a pagodão baiano, com influências de Tom Zé e sound system - além do mundo do circo, já que seus fundadores Abu da Pereba e Bito Beat são egressos de grupos de palhaçaria do Ceará. Mas, por trás da graça, há muito de críticas à ausência do Estado ("Indivíduos"), ao avanço dos coachs ("Frases Motivacionais") e uma swingueira anti-colonialista ("Capitão América").

Banda Varanda
Banda Varanda Imagem: Ian Gabriel/Divulgação

Varanda

O indie brazuca está vivo e passa (muito) bem. Formada em 2019 em Juiz de Fora (MG), a banda Varanda resgata aquele pop rock delicinha do começo dos anos 2000, calcado em guitarras nervosas e vocais etéreos. Ora dançante, ora reflexivo, mas nunca desinteressante.

"Beirada", o disco de estreia do quarteto formado por Augusto Vargas (baixo e vocais), Amélia do Carmo (vocais), Bernardo Mehry (baterista) e Mario Lorenzi (guitarrista) foi lançado este ano. O álbum adiciona elementos de psicodelia e tropicalidade ao trabalho que já vinha sendo apresentado em singles desde 2021.

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Imagem: Afonso Pontes/Divulgação

Afrodite BXD

Direto da Baixada Fluminense chega Afrodite BXD, rapper de 23 anos que começou em rodas de slam e hoje estrela o reality show musical Nova Cena, da Netflix. Apesar de jovem, Afrodite mostra maturidade na voz e nas rimas de quem cresceu imersa na cultura hip hop, absorvendo tudo o que podia.

A estreia oficial veio em 2019, com o poderoso single "Afrodite Se Quiser", seguido do EP "O Suicídio de Cleópatra", de 2021. Nos últimos anos, participou de trabalhos de outros integrantes da cena carioca, como KING Saints, DJ Tamy e Maui. Seus últimos trabalhos derivam da série da Netflix: a inédita "23 Primaveras" e a cover de "Pensamentos Intrusivos", da conterrânea Ebony.

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