'Pagodão gospel' bota até ateu pra pular e cantor faz sucesso internacional

Com milhões de visualizações, o cantor gospel Samuel Eleotério tem feito sucesso nas redes sociais com seu estilo musical, frequentemente chamado de "pagodão gospel". Entre seus sucessos, destacam-se: "Escuta o Barulho" e "Espada Afiada"; seu canal no YouTube está próximo de atingir 28 milhões de visualizações.

Quem é Samuel e o que é 'pagodão gospel'?

Com uma música alegre, participativa e marcada por características pentecostais, Samuel tem viajado por todo o Brasil e outros países, cumprindo uma agenda digna de um verdadeiro astro. Somente em novembro, realizou 26 shows em 18 cidades de oito estados brasileiros.

Samuel Eleotério, 25 anos, é o filho mais novo de uma família com seis filhos. Nascido na Baixada Fluminense (RJ) e morador de Queimados (RJ), ele afirma ter iniciado seu ministério aos 11 anos, na Assembleia de Deus Pentecostal (ADEP). Hoje, é reconhecido como cantor de corinhos de fogo no Brasil - ou pagodão gospel - e no exterior. Suas músicas autorais já o levaram a países como Espanha, Portugal, Angola e Reino Unido. Em janeiro, ele se prepara para uma nova turnê pela Europa.

Popular nas redes sociais, Samuel acumula mais de 600 mil seguidores no Instagram e 255 mil no TikTok, onde soma 2 milhões de curtidas. TOCA conversou com o cantor durante uma pausa em sua movimentada rotina de viagens.

Com uma trajetória que reflete determinação e fé, Samuel vem conquistando espaço no cenário gospel nacional e internacional. Ele iniciou na música tocando bateria e guitarra na igreja ainda criança. Antes da fama, enfrentou a dura rotina como auxiliar de serviços gerais, trabalhando turnos de 12 horas, carregando caixas e equipamentos pesados. Mesmo assim, nunca deixou de servir na igreja. "Eu pegava às sete da noite e largava às sete da manhã. Era muito puxado, mas era minha vida", relembra.

Hoje, sua rotina é bem diferente. O cansaço agora não vem mais das botinas que machucavam seus pés, mas da intensa agenda de shows e viagens. "Cada dia estou em um estado, fazendo o que amo. É cansativo, mas muito gratificante", comenta.

Samuel se descreve como "um menino extrovertido" e determinado, cuja missão é servir a Cristo. Apesar da vida agitada e das multidões que se reúnem para ouvi-lo cantar, ele mantém um perfil simples e acessível. Nos momentos de lazer, gosta de jogar videogame e vê seu sucesso como parte de um propósito maior: "Sou um improvável que deu certo porque Deus quis."

O estilo musical que o levou ao estrelato, chamado de "pagodão gospel" nas redes, tem raízes no corinho de fogo, um gênero típico das igrejas pentecostais, com músicas rápidas e alegres que convidam à celebração.

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No caso, não é um pagodão. Pagodão é o que o pessoal chama na Bahia. É corinho de fogo, aquela música mais para cima, que faz o povo pular e se alegrar em Deus.

O sucesso desse estilo fez de Samuel um fenômeno nas redes sociais, mas ele prefere atribuir sua notoriedade a Deus: "Não tem outro nome que eu possa dar, Deus gosta dos improváveis."

No entanto, sua trajetória não foi isenta de desafios. A adaptação de ritmos musicais ao louvor ainda enfrenta resistência em alguns setores da igreja evangélica. Ele admite receber críticas, mas diz que aprendeu a lidar com elas.

Absorvo o que é bom e o que não é, deixo pra lá. Não adianta ouvir críticas de quem não constrói nada. Tem pessoas que vão me amar muito e pessoas que vão me odiar muito. Por que elas me odeiam? Eu não sei, mas é normal hoje em dia.

Quanto ao futuro, Samuel acredita que seu papel vai além de ser cantor. Ele deseja usar sua visibilidade para ajudar outros talentos que não têm condições de gravar suas músicas ou alcançar o público. "Comigo foi assim, e quero fazer o mesmo por outros. Muitas pessoas pensam só em si, mas eu penso também em quem tem talento e só precisa de uma chance." Apesar da crescente influência, ele afirma não planejar se tornar pastor, mas mantém-se aberto aos planos de Deus para sua vida.

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Com uma agenda lotada e a crescente fama, Samuel Eleotério segue avançando, levando sua música e mensagem a cada vez mais pessoas. Ele conclui com uma visão otimista: "Estamos fazendo grandes coisas e avançando fronteiras. Tudo isso é para a glória de Deus."

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