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Deu bom x Deu ruim: os acertos e os erros dos principais festivais de 2024

Os festivais Lollapalooza, Rock in Rio e C6 Fest, todos realizados em 2024 Imagem: Getty Images

Bruna Calazans

Colaboração para TOCA, em São Paulo

02/01/2025 05h30

Com o fim de 2024, também se encerrou uma temporada intensa de festivais espalhados pelo Brasil, em um ano marcado por shows grandiosos de nomes nacionais e internacionais. Desde o Lollapalooza até o Afropunk, os eventos de música encantaram —e também decepcionaram— o público.

Deu bom x Deu Ruim

Lollapalooza

Deu bom: o festival manteve sua essência na edição 2024, com uma programação musical ininterrupta e um line up diverso. Também, assim como em 2023, trouxe atrações inéditas para o Brasil, como foi o caso da cantora SZA, uma das principais headliners

Deu ruim: as chuvas de março continuam sendo uma pedra no sapato do festival, e atrapalham a experiência do público. O gramado do Autódromo de Interlagos se transforma em um lamaçal, deixando o terreno perigoso para quem passa por ali.

Rock in Rio

Deu bom: apesar de inicialmente criticado, o Dia Brasil serviu para mostrar a força da música nacional. Ver grandes nomes do nosso país tomando o principal palco do festival foi um acontecimento histórico.

Deu ruim: nada de novo, mais uma vez. Roberto Medina mostrou que continua com seus artistas favoritos, e repetiu atrações na programação, como Joss Stone e a própria Katy Perry.

C6 Fest

Deu bom: o festival é marcado por ter um olhar sofisticado para a música, com foco no jazz. No entanto, em 2024, trouxe nomes mais pop para a programação, como Raye, Noah Cyrus e Ayra Starr, que deram uma renovada no público.

Deu ruim: a separação dos horários dos shows foi criticada pelo público, que precisou fazer escolhas desagradáveis. O C6 tem palcos distante uns dos outros, o que impossibilita sair de uma apresentação e ir direto para a próxima de forma rápida.

Afropunk

Deu bom: por mais um ano, o Afropunk mostrou-se um festival necessário para a cena brasileira, focando em atrações diversas e ritmos importantes para a herança preta do país. Um dos grandes destaques foi a vinda de Erykah Badu para o evento. Eles também criaram uma versão do festival para São Paulo.

Deu ruim: justamente na primeira edição de São Paulo, o cancelamento do show de Doechii, um dos nomes mais quentes do rap internacional, pegou o público de surpresa. Apesar de terem colocado um nome de peso no lugar —Ludmilla— eles não deram grandes explicações sobre o cancelamento do show.

Festa do Peão de Barretos

Deu bom: a organização da Festa do Peão é de se impressionar. O público conta com uma experiência completa do universo sertanejo, além de um espaço repleto de atrações secundárias, para além dos shows, como comidas típicas de regiões como Minas Gerais e Goiás.

Deu ruim: o evento se mostrou despreparado para as queimadas que aconteceram no interior de São Paulo durante o último fim de semana. Infelizmente, a experiência do público acabou prejudicada pela névoa que cobriu o Parque do Peão.

VillaMix Festival

Deu bom: em seu retorno para a grade de festivais do Brasil, o Villa Mix mostrou que estava de olho nas tendências e escalou Post Malone para ser a atração principal do evento. O cantor lançou, em agosto de 2024, seu primeiro trabalho country.

Deu ruim: o festival foi marcado por diversos cancelamentos em cima da hora, incluindo Gusttavo Lima e a dupla Matheus e Kauan. Os cantores que deixaram de ir para o evento alegaram problemas com a produção.

Psica

Deu bom: o festival que aconteceu em Belém, no Pará, trouxe uma programação diversa e que provou que a organização está de olho nas tendências. Um dos destaques foi o show apoteótico de Pabllo Vittar com a turnê do "Batidão Tropical 2", e a mistura de gêneros, como o piseiro de João Gomes e o rap de Don L.

Deu ruim: os palcos menores do festival acabaram sofrendo com a concorrência das principais atrações do evento, que tinham nomes como Liniker e a já citada Pabllo Vittar.

Mainstreet Festival

Deu bom: o evento voltado ao rap e hip-hop trouxe uma atração internacional de peso. Ja Rule comandou um dos dias do evento, e mostrou todo seu carinho com o público brasileiro.

Deu ruim: o festival contou com diversas baixas na programação. Pode, Bielzin e Rennan da Penha, que estavam confirmados no evento, não se apresentaram.

Tomorrowland

Deu bom: um dos principais eventos de música eletrônica no mundo desembarcou no Brasil para mais uma edição. O show foi marcado por grandes nomes do gênero, e um line up diverso, com muitas mulheres por trás das picapes.

Deu ruim: as chuvas continuam sendo um percalço para o festival, que acontece em outubro no interior de São Paulo. Para este ano, eles prepararam um sistema de drenagem para evitar transformar o espaço em um lamaçal, mas o primeiro dia ainda foi marcado por problemas com o tempo.

I Wanna Be Tour

Deu bom: a primeira edição do evento, apelidado de "festival emo", trouxe uma programação chamativa para os fãs do gênero. Um dos acertos é que a organização levou toda a programação para sete capitais brasileiras, algo difícil de se ver em outros festivais.

Deu ruim: a organização pecou com a proteção do público, e um jovem de 25 anos acabou morrendo eletrocutado na edição do evento no Rio de Janeiro. 13 pessoas estão sendo denunciadas pelo Ministério Público por conta da tragédia.

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