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Em 2025, João Gomes quer mais do que 'lançar CD com uma capa qualquer'

João Gomes no Festival Navegante Imagem: biah_art/Divulgação

Do TOCA

08/01/2025 12h55

O ano de 2024 para João Gomes foi revelador. "Me dediquei 100% à minha vida paterna, mas também foi o ano que me fez enxergar a música de uma forma melhor", ele diz.

Se o ano passado começou com o nascimento do primogênito Jorge, os outros meses renderam ainda mais surpresas sob os holofotes. Aos 22 anos, João conquistou a segunda indicação ao Grammy Latino, subiu ao palco para homenagear Caetano Veloso e lançou parceria com Gilberto Gil, na regravação de "Palco".

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Nas últimas semanas de dezembro, conheceu pessoalmente Marisa Monte, que o convidou para ser uma das atrações do Festival Navegante, que aconteceu entre os dias 12 e 15 de dezembro, a bordo de um cruzeiro.

Ele mantém o sorriso aberto ao lembrar de todos os grandes feitos - mas gosta de salientar um em especial, no topo da sua cabeça: um chapéu de couro feito por Irineu Barbosa, neto do Zé do Mestre, o homem que fazia os chapéus de Luiz Gonzaga. Prova concreta, para ele, dos presentes que a música brasileira tem lhe dado.

"A gente fica olhando o nosso trabalho e a estética do trabalho de uma forma muito mais carinhosa", observa, sobre os planos para 2025. "O que é que eu posso fazer diferente no próximo trabalho além de lançar um CD com uma capa qualquer?"

Imagem: biah_art/Divulgação

Uma das novidades foi lançada em dezembro e já é um hit. "Vira Lata" veio de um camping de compositores - e João logo pensou na Pabllo Vittar. "Essa música é massa, tem um tempero diferente, e logo pensei: 'Será que a Pabllo topa cantar?' Ela estava cantando muitas músicas de forró no 'Batidão Tropical'."

A música agitou o show no cruzeiro, que ainda contou com surpresas no repertório. Pensando na capitã do navio, João preparou versões para "Guerreiro Menino", de Fagner, "Esquadros", de Adriana Calcanhotto, e para o clássico da bossa nova, "Chega de Saudade", de Antônio Carlos Jobim, imortalizado na voz de João Gilberto.

Essa mudança no repertório do seu show tem influência também de sua participação em dezenas de festivais de música brasileira nos últimos meses.

"Sempre fico nervoso, sem saber como é que a galera vai me receber, só que a gente desenrola, de algum jeito ou de outro. A turma fica toda entregue, é uma galera nova, jovem, ou pelo menos de espírito jovem,que ouve a música, presta atenção, grita quando o cara está tocando o solo. Eles vêem valor nos músicos."

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