Andreas revela parceiros em balada do Sepultura: 'Têm característica única'
Colaboração para Toca, em Salvador
09/01/2025 15h00
Andreas Kisser, 56, deu detalhes sobre o futuro do Sepultura após o fim da turnê em 2026, durante um papo ao No Tom, programa do TOCA com Zé Luiz e Bebé Salvego.
Com o fim da turnê de despedida, o guitarrista revelou o que vem por aí. "Vem um disco ao vivo, com 40 músicas em 40 cidades diferentes, pelo mundo, que a gente tá gravando desde que o Grayson (...), até antes, mas o repertório vai ser com o Grayson, então pô, a gente vai lançar digitalmente em partes, e quando as 40 saírem vai ser uma caixa de vinil bem old school, tipo Kiss, né, com um booklet, bastante foto."
Então, assim, a intenção desse trabalho é essa, né? Deixar uma coisa mais old school, Andreas Kisser
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Andreas contou que o disco vai ter a primeira balada do Sepultura. "Assim, balada tem que ter, assim, não é fácil, não é fácil. Tanto é que todas essas bandas que têm balada, Aerosmith, Def Leppard, têm parceiros de fora, né? Sim. Então, a gente tem que ter, assim, a gente foi buscar parceiros também."
Ele ainda deu spoiler sobre os parceiros que estarão no disco. "E vou até falar aqui em primeira mão pra você, meu. Quem são os nossos parceiros? Pronto. Tony Bellotto e Sérgio Brito. Titãs, é uma banda irmã, da família também. E, cara, porr*, os dois têm uma característica muito única, né?"
E eu e o Derek e o Sérgio e o Tony, a gente sentou e começou a fazer um negócio junto e tá bem interessante, meu. Com letra e música tudo junto. Andreas Kisser
'Totalmente irrelevantes as regravações dos Cavalera'
Ainda na entrevista, o cantor criticou as regravações que os irmãos Igor e Max Cavalera, ex-integrantes do Sepultura, estão fazendo dos primeiros discos da banda. "Eu acho, assim, muito fraco artisticamente, né? Eu acho totalmente irrelevante e sem sentido nenhum, né? Principalmente pra um cara como o Max, que fala que fez tudo sozinho, que é o cara mais criativo do mundo, que eu fiz isso, fiz aquilo."
E chega num momento, ele perde o tempo e a criatividade dele fazendo coisas que a gente fez 30, 40 anos atrás, com um som diferente. Assim, valor artístico zero, né? Não tem sentido nenhum isso, Andreas Kisser
O artista disse ter escutado as músicas, mas não aprovou a ideia dos Cavalera. "Esse processo que eles fizeram hoje é irrelevante, né? No aspecto histórico da banda, né? Uma coisa mais pra eles terem lá alguma diversão e algum trocado, talvez, sabe? Mas, putz, realmente é triste. Eu acho que eles fazem um desserviço ao próprio passado."
'Se existe ressurreição, é a do vinil'
O cantor também lembrou da "morte do vinil" e da sua coleção do Kiss. "Mataram o vinil, enterraram o vinil. O vinil não tinha mais volta e aí voltou mais forte do que nunca. Se existe ressurreição, é a do vinil. Se existe uma fênix, o vinil é a fênix."
Muita gente acabou com o vinil pra trocar por CD. Inclusive, eu perdi minha coleção do Kiss fazendo isso. Enfim, são os contextos do momento. Do momento de cada ano e cada evolução tecnológica. E o Sepultura aprendeu a lidar e conviver com tudo isso. Andreas Kisser
O artista contou que passou por outra "ressurreição" com a morte da esposa. "Enfim, dentro da morte da Patrícia, onde uma parte minha gigantesca foi junto com ela. Teve uma outra ressurreição, vamos dizer assim. Um outro nascimento, né? Eu sou uma outra pessoa com outros pontos de vista, talvez. Outros objetivos, né?"
No Tom
No novo programa de Toca, Zé Luiz e Bebé Salvego entrevistam artistas de diferentes vertentes num papo cheio de revelações, lembranças e muito amor pela música. Assista ao programa completo com Andreas Kisser: