Lolla traz norueguesa que divide faixa com Sabrina Carpenter: 'Sou fã dela'
O nome Girl in Red pode soar estranho para você, mas popstars como Taylor Swift e Sabrina Carpenter sabem muito bem quem é ela. Girl in Red é o nome pelo qual a norueguesa Marie Ulven Ringheim assina as músicas que lança desde que tinha 17 anos.
Prestes a completar 26 anos (em 16 de fevereiro), ela desembarca em São Paulo em março, para dois shows: o primeiro, no dia 27, na Audio (com abertura da banda irlandesa Inhaler); o segundo, no dia seguinte, dentro do festival Lollapalooza, no autódromo de Interlagos.
O que vai rolar
Os shows devem ter como base as faixas do disco "I'm Doing It Again Baby!". Um dos singles do álbum foi "You Need Me Now?", em que Girl in Red teve a companhia de Sabrina Carpenter nos vocais.
O álbum foi lançado em abril de 2024. Alguns meses antes, ela abriu shows da Eras Tour, a gigantesca turnê mundial de Taylor Swift.
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A aproximação com duas das mais conhecidas cantoras pop do planeta não significa que a música de Girl in Red é feita a partir de refrões pegajosos e melodias que grudam na cabeça. Desde o disco de estreia, "If I Could Make It Go Quiet" (2021), ela se coloca como uma voz indie que dá vida a letras confessionais.
São letras que tocam o coração de muita gente. Lésbica, Girl in Red virou uma espécie de exemplo para muitos adolescentes e pós-adolescentes nas redes sociais. A expressão "você ouve girl in red?" era usada no TikTok como um código entre jovens queers,
O que ela disse
Em entrevista, ela fala sobre a parceria com Sabrina Carpenter, sobre a sua relação com as redes sociais e com os fãs. Leia a seguir.
No ano passado, você lançou o segundo disco. Ele é um pouco diferente do primeiro, menos indie e mais pop do que aquele. Como foi criar esse disco? Acha que ele é realmente diferente do primeiro?
Girl in Red - São diferentes, sim, mas essa transição entre um e outro, para mim, não foi tão perceptível, porque muitas coisas que entraram no segundo disco foram sendo criadas pouco a pouco. Como o público não acompanhou isso passo a passo, a diferença entre eles fica ainda maior.
O processo de criação do disco foi mais extenso do que eu esperava, porque estava ocupada com uma namorada, tendo uma vida normal, não estava com o foco completo no disco. Mas agora estou solteira de novo e fazendo música o tempo todo! Girl in Red
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A Sabrina Carpenter faz uma participação na música "You Need Me Now?". Como surgiu a ideia de convidá-la?
Girl in Red - A ideia surgiu a partir de uma perspectiva artística. Achei que, naquela canção, estava faltando alguém como ela. Pensei que seria legal ter uma cantora com aquele tipo de timbre, aquele tipo de voz. Seria algo que poderia surpreender as pessoas, porque minha música é diferente das canções do universo mais pop. Sou fã dela há algum tempo. Ela está em um momento incrível, principalmente depois de ter lançado "Espresso".
Várias das canções do disco são bastante otimistas, alegres, para cima, enquanto outras, como "Ugly Side", têm letras mais tristes. Isso é algo que você conscientemente queria, um disco com emoções tão diferentes?
Girl in Red - Sim, queria que ficasse bem evidente o contraste entre os pontos mais alegres das músicas mais alegres e os pontos mais tristes das músicas mais tristes. O contraste entre ter muita auto-estima e não ter absolutamente nenhuma. Coisas que podem acontecer com a gente num mesmo dia.
Você tinha contato com música ainda quando era criança?
Girl in Red - Não tinha muito contato com música, embora o meu avô tivesse um violão e um piano e a minha mãe até gostasse um pouco de música pop. Ela colocava Beyoncé e Britney Spears no som do carro quando me pegava na escola.
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Quando estava no final do ensino fundamental, comecei a entender qual era a minha identidade e então o meu gosto musical mudou muito, passei a ouvir David Bowie, Smiths, Arctic Monkeys, Two Door Cinema Club. Foi quando aprendi a tocar guitarra e decidi que queria fazer música. Girl in Red
Você faz composições que tratam de temas pessoais? É difícil falar sobre essas coisas ou é algo que ajuda a lidar com isso, a limpar a cabeça?
Girl in Red - Para mim, é legal [compor canções pessoais], me ajuda bastante. Nos últimos meses, aconteceram muitas coisas na minha vida, que foram difíceis de lidar, e percebo que escrever sobre isso me ajuda a entender o que está havendo, a organizar os meus pensamentos. Então, sim, compor sobre coisas pessoais é um processo benéfico para mim.
Para muitos jovens, você é uma pessoa queer que se tornou um exemplo para eles. O que acha disso?
Girl in Red - Acho legal, na verdade. Antigamente pensava que era muita responsabilidade para mim, mas acho que sou uma boa pessoa, então não é algo horrível ter alguém como eu como um exemplo.
Como você lida com as redes sociais, os desejos dos fãs e a necessidade de ter uma presença online?
Girl in Red - Não é fácil. Tenho tentado me afastar das redes sociais nos últimos tempos. É um ambiente que se tornou muito estressante, me dá muita ansiedade, porque penso que não estou postando o suficiente ou porque não estou sendo uma boa pessoa.
Sempre tive uma relação esquisita com as redes sociais. Não tenho estado muito online, então acho que a minha música é a minha expressão do momento. Às vezes me vem a sensação de que deveria estar mais presente nas redes, mas, sei lá, as coisas são como são. Girl in Red
Girl in Red
Quando: 27/3, a partir das 20h30
Onde: Audio (av. Francisco Matarazzo, 694, São Paulo)
Quanto: a partir de R$ 250
Classificação: 18 anos
Ingressos à venda pelo site da Ticketmaster.
Lollapalooza
Quando: de 28 a 30/3, a partir das 12h
Onde: autódromo de Interlagos, São Paulo
Quanto: a partir de R$ 510
Classificação: 15 anos; menores entre 5 e 14 anos, somente acompanhados dos pais ou responsável legal
Ingressos à venda pelo site da Ticketmaster.
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