'O pagode é a nossa roupa': integrantes do Atitude 67 contam como começaram

Diretamente de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Pedro Pimenta, Éric Polizér, Karan Cavallero, GP, Leandro Osmar e Henrique Regenold largaram suas profissões para a existência do grupo de pagode: o Atitude 67. A banda começou como uma brincadeira entre amigos, mas logo conquistou o Brasil e o mundo com sua mistura de pagode, rap, reggae e pop.

Durante conversa com Zé Luiz e Bebé Salvego, no programa No Tom, do UOL, Éric e Pedro contam como a banda surgiu. "Um estudava na escola de um, que fazia natação com outro, jogava futebol. Desde novinho a gente se conhece e novinhos ainda, a gente montou o Atitude 67. Era uma reunião de amigos, coisa de moleque mesmo", disse Pedro.

Decidimos profissionalizar e falamos: 'vamos viver disso?' E aí cada um teve que largar [a sua profissão], um saiu do escritório, outro terminou os projetos de arquitetura dele. O Pedrinho foi, na verdade, que já morava em São Paulo, foi o último que largou o trampo realmente assim. completou Éric

Pedro falou sobre a mistura de ritmos na banda e brincou sobre a dificuldade de encaixar o Atitude 67 em um gênero musical. "É, o pagode Pantaneiro ou o samba rock pantaneiro, acho que foi um jeito natural que a gente achou. Tem uma música que tem uma resposta nossa que se chama Parede e no meio dela eu canto: 'esse é o verdadeiro samba rock pantaneiro'. E aí eu acho que pegou."

Na verdade, esse lance de ser pagode, começou com essa brincadeira nossa de moleque, de reunir. Não dá para ser uma dupla, apesar de ser de Campo Grande e ter muitas duplas sertanejas, mas a nossa turma era grande, então cara, é pagode. completou Éric

Éric disse ainda que eles possuem muitas referências, mas o pagode é o essencial. "Campo Grande é uma terra que é sertanejo, mas a gente respira rock, respira rap, são várias vertentes. Muita referência de fora, então acabou virando uma salada entre nós mesmo de referência."

Então o pagode é a carapuça, a nossa roupa, mas a gente canta rap, canta romântico e todos compões. Todos têm uma caída para escrever histórias, para cantar. A gente sempre gostou de contar histórias verdadeiras nas nossas músicas. Éric

'Soltamos fogos'

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Na conversa, Pedro contou como começou a relação com Thiaguinho. "A gente tocou em um bar de esporte e o Thiaguinho tava lá. A gente só cantava autoral, ninguém conhecia, mas a gente cantava. Terminou o show e a gente foi conversar com ele", disse Pedro.

Nesse meio-tempo, a gente já tava produzindo algumas coisas no nosso disco. Cantamos a música Seu Tom no estúdio, alguém que tava lá conhecia o Thiaguinho, filmou e mandou pra ele. Aí o Thiaguinho falou: 'Eu vou gravar', aí a gente falou: 'Nossa, que incrível'. Pedro

Pedro disse que a música Seu Tom foi a primeira gravada por um artista grande e eles comemoraram com fogos. "E ele gravou essa música, a gente ainda não tava próximo. Aí eu lembro que, a gente comprou fogos na hora que saiu e pá, explodimos fogos."

'Gravamos sem bateria'

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Durante o papo, Éric contou que o 'Sunset Meia Sete' permitiu que os integrantes da banda pudessem explorar novos sons. "A gente está se permitindo fazer sons diferentes. É o primeiro projeto que a gente faz sem bateria. O nosso baterista que é um multi-instrumentista, ele assumiu a parte de percussão ali e a gente fez."

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Ele sugeriu: 'Vamos tirar a bateria'. E aí ficou um som diferente cara, assim tá gostoso, tá diferente. O Sunset Meia Sete tem essa sonoridade diferente, sem bateria, com algumas percussões. Éric

No Tom

No novo programa de Toca, Zé Luiz e Bebé Salvego entrevistam artistas de diferentes vertentes num papo cheio de revelações, lembranças e muito amor pela música. Assista ao programa completo com Atitude 67:

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