"Eu escuto trap direto. Tá na veia. Mas se tivesse rolando funk agora tava todo mundo soltinho igual arroz. Os dois andam lado a lado. Têm a mesma origem", foi essa a resposta de Giovanna Sousa, 17, quando questionada se preferia trap ou funk, no Mainstreet Festival - que aconteceu no final de novembro, na Apoteose, no Rio de Janeiro.
Também no evento, Ana Clara Santos, 22, defendeu que não dá para escolher um ou outro: "Gosto muito dos dois. Eu acho que os dois gêneros são criados na periferia. Agora o hip hop se expandiu com o trap e a mistura fez colar na galera".
O trap foi o estilo musical mais ouvido do Rio de Janeiro no último ano e é quase uma unanimidade entre os mais jovens —seja na favela ou nas áreas nobres da cidade. Em 2024, teve ainda mais notoriedade em um crescimento exponencial ganhando até um Dia do Trap no Rock in Rio, chamando atenção de outros públicos, curiosos com a empolgação dos fãs e também com a pouca idade deles —que durante o festival foram apelidados de Enzos.
Houve também um aumento de eventos dedicados ao gênero —como Rap Festival, que acompanhamos em junho no Complexo do Alemão, com lotação máxima.