No Camden Market, um ponto turístico de Londres, uma placa chama atenção em meio às lojinhas e restaurantes. Lá, desde novembro fica o Museu da Vagina, primeiro do mundo dedicado exclusivamente ao órgão sexual feminino.
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Com entrada gratuita, o museu tem a missão de quebrar tabus e promover o empoderamento por meio da informação. O espaço é também uma "resposta" ao museu do pênis, que existe desde 1997 na Islândia.
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Florence Schechter é a idealizadora. Ela fez eventos sobre o tema que foram um sucesso. Assim, decidiu criar uma sede permanente, em parceria com a publicitária Zoe Williams e a curadora Sarah Creed.
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Há voluntárias para tours que respondem às dúvidas dos visitantes. Dara Howley usa um clitóris de pano para fazer uma rápida oficina em que incentiva mulheres a se tocarem e descobrirem seus corpos.
Olga Bagatini
A mostra inaugural busca combater certos "mitos" sobre a vulva. Os visitantes recebem desenhos do corpo feminino e são desafiados a identificar cada uma de suas partes. É mais difícil do que parece!
Olga Bagatini
Garrafas vazias ilustram uma época em que mulheres faziam duchas vaginais com Coca-Cola depois de fazer sexo, acreditando que o ácido presente na bebida seria capaz de neutralizar os espermatozoides. Eca!
Olga Bagatini
Feitas em workshops realizados pela equipe do museu em 2018, as bandeirinhas trazem desenhos de vulvas e frases como "vaginas são normais", "vibradores, sim" e "faça uma mulher gozar pelo menos uma vez".
Olga Bagatini
A instalação com um absorvente e coletores gigantes, feita pela artista feminista Charlotte Wilcox, exalta o sangue menstrual --que de nojento não tem nada. Chega de tabu, né?
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"Vaginas devem ter cheiro de vaginas, e não de flores": na mala, produtos de higiene íntima feminina, que são diariamente empurrados para mulheres por um lucrativo mercado que se aproveita da desinformação.
Olga Bagatini
Engajado em promover valores que incluam pessoas intersexuais, LGBTQ+, mulheres cis e trans, a reflexão: "Nem todo mundo que tem vagina é mulher, e nem toda mulher tem vagina".
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Há ainda uma lojinha imperdível com ilustrações, canecas, livros e pôsteres sobre a vulva. A primeira leva dos colares com pingente de vagina fez tanto sucesso que esgotou na primeira semana.
Olga Bagatini
Ao criar o Museu da Vagina, acreditamos que todas as pessoas podem aprender que não há nada de constrangedor ou ofensivo sobre a vulva e a saúde ginecológica. Ao lutar contra o estigma, esperamos ajudar a resolver esses problemas.
Missão do Museu da Vagina
Isabel INFANTES / AFP
Publicado em 28 de novembro de 2019.
Reportagem: Olga Bagatini, colaboração para Universa. Edição: Luciana Bugni