Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Anitta ganhou VMA, dançou ao som do funk, rebolou a raba e fez história
"Ela prometeu: "Um dia vou fazer o funk ser respeitado em nosso país". Mas ela foi além. Anitta está fazendo o funk ser respeitado nos quatro cantos do mundo, por onde ela passa, exaltando qualidade técnica e estética.
Desde o dia da promessa, foram muitos desafios, mas a patroa seguiu firme. Em todos momentos possíveis, ela estava lá evidenciando o funk e a cultura periférica do RJ nas diversas apresentações internacionais, como Rock in Rio Lisboa, Réveillon na Times Square, Coachella e agora VMA.
O VMA (Video Music Awards) é a premiação da MTV americana, um dos principais eventos de música do mundo. No red carpet, os artistas mais emblemáticos. Nas apresentações, os artistas de mais destaque do momento. Na plateia, os principais nomes da música internacional. Nas premiações, os principais ícones pop da atualidade.
E lá estava ela. Chegou desfilando em um longo vestido vermelho, o mesmo que ela vestia ao sair da plateia para receber o merecidíssimo prêmio de melhor clipe de música latina com "Envolver" - música que colocou nossa poderosa no Top 1 mundial do Spotify.
O look vermelho também foi a escolha para sua apresentação no palco do evento, onde ela nos envolveu com a batida do funk e lançou a braba "vocês pensaram que eu não ia rebolar minha bunda hoje?"
Enquanto parcela da sociedade ainda insiste em criminalizar o funk e seus representantes, seguimos ampliando os caminhos do movimento na empreitada do mercado da música nacional e internacional; na esfera acadêmica, em todos os lugares. Em hits de sucesso, performances icônicas e premiações; em livros, palestras e feiras literárias.
Pode até ser ousadia minha fazer essa "comparação" com a rainha, mas durante esse final de semana fizemos a mesma coisa: falamos sobre funk, cultura periférica, empoderamento feminino, representatividade, importância da dança e da manifestação dos nossos corpos.
Ela no VMA, eu em uma feira literária. Sim, o funk tem o poder de estar em todos os espaços; nós mulheres temos o poder de estar em todos os espaços; nós, mulheres funkeiras, temos o poder de estar em todos os espaços.
Assim vamos fazendo história."
*Tamiris Coutinho é autora de "Cai de boca no meu b*c3t@o: o funk como potência do empoderamento feminino". Mestranda do PPGCOM-UFF, graduada em Relações Públicas pela UERJ, formada em Música e Negócios pela PUC/RJ. Idealizadora do Coletivo Funk no Poder e da Braba Comunicação.
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