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Novidades melhoram sexo no casamento, mas tédio volta em duas semanas
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Recentemente, um dos maiores ícones da música pop britânica, Robbie Williams, de 49 anos, declarou: "Todo mundo sabe que não há sexo depois do casamento". Ele e a esposa, Ayda, são casados há 13 anos. "Às vezes, ela me diz: 'Devemos fazer sexo', e eu fico sentando no sofá meio que encolhendo os ombros", disse. Claro que a frase sobre perda do tesão no casamento é um clichê mas, se os clichês existem, é porque padrões se repetem. Casados estão mesmo fadados a se entediar sexualmente?
A vida doméstica tem sido a mais responsabilizada pela perda do tesão no casamento. Parece que o desejo sexual espontâneo gosta de novidade. A terapeuta americana Esther Perel: como encontrar mistério em algo que é familiar, risco no que é seguro e novidade no que é duradouro?
Um estudo publicado em fevereiro, realizado por pesquisadoras de três universidades americanas e uma francesa, avaliou o impacto da novidade no prazer sexual e no sentimento de paixão de um casal. Primeiro eles conheceram os hábitos sexuais e afetivos de 128 casais. Depois, os dividiram em três grupos. O primeiro foi estimulado a experimentar cinco posições sexuais diferentes durante o sexo. O segundo, além das posições, também usou um sex toy. O terceiro grupo não teve orientação nenhuma.
O sentimento de paixão foi significativamente maior entre os participantes do segundo grupo (posições sexuais diferentes mais vibrador compartilhado) em comparação com os que não tiveram experiências novas. No entanto, o efeito só apareceu nas duas semanas seguintes à introdução da novidade.
Esses resultados demonstram que o tédio sexual não é facilmente desviado e assombrará a vida em comum de vez em quando. Muitos casais precisarão estar em constante atividade para se manterem com essa sensação de ímã com suas parcerias românticas. Alguns vão aderir a práticas não monogâmicas, como as relações abertas e o swing, enquanto outros se aprofundam em fetiches e ou se enveredam pelo tantra.
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Gostaria de ressaltar, porém, que se entendiar é uma condição da nossa existência e, quando o assunto é sexo, isso faz parte também da vida dos solteiros. Há um tédio sexual que é individual, um desejo espontâneo que acaba se satisfazendo de maneira rotineira diante do nosso cotidiano atribulado. Independe da relação que temos e de quanto tempo esse relacionamento tenha.
Tirando alguns momentos em que estamos supererotizados, seja pela fase da vida ou pelos hormônios sexuais, são mesmo as novas paixões que nos erotizam, dando cor e significado para o sexo. Ou novos projetos, novos grupos, atividades. O problema é que colocamos a culpa no casamento.
Conheço poucas pessoas que estão sempre inovando, que colocam o sexo como prioridade, que gostam bastante de transar e que são dotadas de uma safadeza interna capaz de não sucumbir tanto às durezas do mundo adulto.
Alguns conseguem entender as mudanças, satisfazendo-se com menos tensão sexual enlouquecedora ao longo da vida, nem precisando de tanta novidade assim. Acionam o erotismo possível e fazem sexo de qualidade. Daí que, em comparação aos solteiros, a depender da fase da vida, estão certamente fazendo mais sexo do que eles.
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