Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Você acha seu marido gostoso? Sentir atração é o que evita tédio sexual
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A pesquisadora portuguesa Leonor Oliveira tem feito investigações sobre tédio sexual, um conceito ainda pouco explorado em pesquisas científicas. Suas observações lançam luz a esse estado psicológico que, com frequência, sentimos quando o ambiente é repetitivo ou não é estimulante.
Em seus estudos, ela comprova que, quanto maior a propensão ao tédio geral, mais chance de sentir tédio sexual, entendido como uma "percepção de atividade sexual monótona ou insatisfatória, relacionada a aspectos individuais, relacionais ou de práticas sexuais, que pode levar à exploração de novidade ou à diminuição progressiva do desejo".
Além dos fatores individuais, como uma personalidade que se aborrece facilmente, cansaço e uma mente que se distrai com facilidade, outros elementos predisponentes foram levantados: dizem respeito às relações interpessoais, com a parceria, que envolvem não só os problemas de ordem relacional, mas também a falta de atração sexual.
Reforço que os dados obtidos nos estudos destacam que as mulheres que sofrem de tédio sexual também dizem ter pouca atração por seus parceiros, derrubando a crença de que damos menos importância para aspectos físicos ou reforçando a ideia de que a atração sexual pode estar atravessada por questões subjetivas.
Muitas mulheres principalmente começam a entender a própria sexualidade, o prazer e o desejo mais tarde na vida do que os homens. Aí, se dão conta de que aquilo que as movia a estar na relação já não faz mais tanto sentido.
Como parte das conclusões dos estudos, tanto homens quanto mulheres sentem tédio sexual e, para ambos os gêneros, uma boa satisfação sexual foi fator protetivo contra a ocorrência.
Especificamente as mulheres que têm mais desejo sofrem menos tédio, pelo menos na amostra portuguesa. Já os homens apresentaram níveis mais elevados de desejo e de tédio sexual, talvez porque entre nessa questão um fator cultural, de estímulo para a variação de parceria como única ferramenta possível para resolver a questão, em vez de introduzir novidades na própria relação com uma mesma pessoa.
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