Transar mais? Desapegar do ex? O que pessoas querem no sexo e amor em 2024
Desejos e promessas para o ano novo nos fazem seguir rituais, comemorar, nos impulsionam a pular ondas, comer pratos de lentilha.
Há promessas e resoluções que são nossas velhas conhecidas: parar de fumar, de beber, comer menos ou mais, emagrecer, engordar, cuidar da saúde, mudar de emprego, ganhar mais e guardar algum dinheiro, trabalhar menos, comprar isso ou aquilo.
Em se tratando de sexo e relacionamento amoroso, há também promessas interessantes. Separei algumas que escutei recentemente de alguns pacientes:
Gisela, de 27 está empenhada em abandonar uma obsessão amorosa.
Ela se sente prisioneira de uma relação que já acabou há mais de 7 meses. Pedro lhe atrai, lhe distrai, fazia Gisela remoer de ciúmes, usava e abusava, acabava com sua autoestima e com seu sossego.
O namoro acabou, mas ela continua "comprometida" com ele, já que tudo o que vai fazer é pensando em agradá-lo —nas notícias que ele terá sobre ela, em redes sociais ou pelos amigos em comum.
Seu desafio será deixar de lado antigos hábitos como stalkear o ex nas redes sociais, ouvir as mensagens de áudio "fofinhas" gravadas no whatsapp do tempo em que estavam juntos, conviver com os amigos dele, manter-se longe e dar foco a novos interesses!
A melhor pergunta para quem tem obsessões que invadem o pensamento é: se você não estivesse ocupada com isso o tempo todo, no que provavelmente estaria pensando? Muitas vezes encontramos dilemas mais complexos e angustiantes, dos quais desviamos o foco para outros assuntos com os quais já sabemos lidar emocionalmente, mesmo que aparentemente pareça que não.
Já Joelma de 38 anos, pretende fazer mais sexo.
Ela é casada com Manoela, de 35, as duas têm tesão uma pela outra, mas são atravessadas pelo cansaço e pela maternidade.
Digo que o hábito faz o monge. Quanto menos atividade sexual, menos vontade. Para quem está comprometida e tem grande incompatibilidade de agenda com a pessoa amada, vale até marcar o dia da semana para namorar.
Não é uma questão de metas a cumprir, para garantir performance, mas reservar um espaço na agenda para algo que é prazeroso, que alegrará o corpo, a alma e melhorará a intimidade do casal.
Enquanto isso José, de 27 anos, começou a terapia sexual, pois gostaria de suspender o uso de remédios para disfunção erétil.
Desde que perdeu duas vezes a ereção com uma garota por quem tinha muito tesão, passou a temer a recorrência do ocorrido. Os medicamentos passaram a garantir o sucesso da penetração, mas não resolveram o fantasma da disfunção erétil que ele acha que tem.
Reforço que para todas as disfunções sexuais é possível obter grande melhora, seja por meio do uso de medicação, seja pela prática de exercícios específicos de terapia sexual e da associação com outros recursos, como a fisioterapia pélvica, o uso de sex toys e também da psicoterapia individual e/ou de casal.
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Quero receberTudo depende da avaliação do prejuízo físico e emocional que a queixa produz na pessoa e na sua parceria.
Se você andou desanimado(a) em 2023 é hora de dar uma virada! Procure ajuda profissional se precisar. É importante reconectar-se com suas necessidades e desejos, pois com frequência nos afastamos de nós mesmos, nos acostumando, inclusive, com o sofrimento e a insatisfação.
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