Trair mulher grávida é coisa de homem imaturo que não suporta ter 'rival'
Ter um filho é um grande projeto, pois exige, antes de tudo, um compromisso emocional dos pais e mães para apoiar o desenvolvimento psicológico da criança, além de fornecer subsídios básicos para cuidados essenciais, possibilitando o desenvolvimento físico, intelectual, a socialização e a proteção.
Criar um filho envolve múltiplas responsabilidades, requer tempo e dedicação, comprometendo o tempo livre e as atividades pessoais dos pais e mães, mudando o seu estilo de vida, impactando carreira, vida social, desenvolvimento pessoal.
Envolve planejamento familiar incluindo decisões sobre onde morar, qual escola escolher e como equilibrar o trabalho e a vida familiar.
A saúde e o bem-estar dos filhos se tornam prioridade, portanto eles passam a ser os protagonistas da vida familiar.
E é isso que muitos homens não suportam: perder o lugar privilegiado no casamento.
A infidelidade conjugal que acontece em relações heterossexuais quando uma mulher está grávida tem múltiplos fatores, mas um deles sem dúvida nenhuma é a incapacidade do homem de sair da posição de "filho", aquele que recebe a atenção e cuidado, e se colocar na posição de quem cuida, quem protege, quem se doa.
A dificuldade de aceitar uma posição mais "secundária" no processo — afinal excetuando homens trans, os outros ainda não conseguem gestar — é uma ferida a ser elaborada: normalmente uma mulher grávida é a pessoa que fica no centro das atenções e depois dela, vem o bebê, que assume esse lugar.
Essa triangulação na relação — que antes era dual — exige que se aguente ficar um tanto à parte, um tanto excluído de vez em quando, como toda relação à três nos coloca.
Então, há homens imaturos demais, que simplesmente não aguentam ser "triangulados" pela gestação de suas parceiras e tratam logo de arrumar uma outra mulher para manter o protagonismo nessa nova relação, sem nenhum "rival" para interceder.
Enquanto a mulher grávida espelha o terceiro que reinará na vida familiar e na dela, a "amante" fica disponível para espelhar somente a ele, alimentando o seu frágil ego infantil.
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