Com swing e ménage, casal de melhores amigos voltou aos tempos de tesão
Rebeca e Fernando estão juntos desde sempre. Aquele casal que se conheceu na juventude, começaram a namorar, casaram-se e foram testemunhas um do crescimento do outro. Tanta intimidade tem suas vantagens — são os melhores amigos —, mas tem lá as suas desvantagens também — como a acomodação e a falta da novidade, de mistério.
Casais que estão juntos há tanto tempo, tendem a cristalizar em posições que 'funcionam', mas que limitam a capacidade criativa de visitar outras possibilidades. Eles têm dois filhos, casa, família, trabalho e uma vida sexual monótona.
Chegaram na terapia "separados", sem brigas, tentando entender se dava para mobilizar a relação e a sexualidade. Rebeca se sentia cansada dessa vida com muita gente ao redor, de ter que ficar pensando na satisfação de todos. Fernando estava em um momento diferente, mais anestesiado, nem tinha se dado conta que a sua identidade também estava amalgamada no desejo alheio.
Quando começamos a trabalhar como o sexo acontecia no casal e quais os desejos individuais, apareceu a vontade de fazer coisas diferentes, quem sabe uma visita a uma casa de swing.
Bom, em se tratando do tema, eu sou sempre cautelosa. Nem todo mundo está preparado para ouvir os desejos da parceria com calma e os considerar, não como uma obrigação ou exigência, mas como um convite para aventar possibilidades. Tem o sentimento de posse, o ciúme, a desconfiança. Tem o susto de conhecer o ser desejante do outro, que pode parecer marginal. Depois de 25 anos casados, sem muita comunicação sexual, um terreno novo a explorar.
Ainda mais por estarem pensando que a separação poderia ser uma escolha plausível para resolver a falta de erotismo, eu fui manejando a conversa com delicadeza, abrindo uma pequena portilhola.
Eis que na semana seguinte os dois me chegam animados com a visita que resolveram fazer a uma casa de swing, onde se divertiram, se excitaram, tiveram uma interação sexual entre eles em "público", o que botou fogo no sexo que fizeram ao chegar em casa.
Na sessão subsequente pediram para serem atendidos mais tarde do que o horário habitual, pois tinham adentrado a madrugada fazendo ménage com outra mulher.
Da portilhola do desejo para o portal da sacanagem, pouco mais de 2 semanas, pensei cá com os meus botões. Eu lá, cheia de cuidado e o casal mergulhando nas novas aventuras sexuais.
Como dois grandes amigos que que estão no mesmo barco, haja o que houver, eles se aventuraram com uma profissional do sexo, que foi escolhida em um site, após uma interação digital com a Rebeca. Uma conversa explicativa sobre qual era a situação do casal, sobre a primeira vez e o que buscavam. A moça quis se certificar se o desejo era de Fernando ou de Rebeca e já saiu dizendo para ela que se o desejo fosse exclusivamente dele, que ela não fizesse — a sororidade feminina dando ares e segurança para Rebeca.
No mesmo dia marcaram o encontro no motel. Fernando e Rebeca chegaram antes, transaram, pois, estavam transbordando de excitação e quando Rita chegou beberam, conversaram um pouco, descontraídos, até que partiram para a ação. Rita foi orquestrando a cena sexual com cuidado, para que ninguém ficasse de fora.
No interim ia dando dicas sobre como Fernando podia se aproximar melhor de Rebeca, como tocá-la com suavidade, a chamava para interagir junto, com receio que ela se sentisse excluída. Olhava com um `"tá tudo bem?", se certificando que limites não estavam sendo ultrapassados, passava lencinho umedecido nos genitais, um cuidado exemplar.
Rita tinha regras claras, Rita mantinha a ordem, Rita dominava a situação, ao mesmo tempo que era amável, promovendo leveza. A interação foi tão boa que em determinado momento estava lá o Fernando, com o membro em riste e a Rebeca ensinando para Rita uma técnica de sexo oral.
Passaram mais de 3 horas juntos, entre sexo e boas conversas. Me contaram tudo com alegria, trocando olhares de quem tinha feito a melhor "traquinagem" da vida.
Fiquei pensando como é difícil se separar de alguém, quando a cumplicidade é o sentimento mais forte e enraizado em uma relação.
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