Ana Canosa

Ana Canosa

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
Opinião

Tesão do couro cabeludo aos mamilos: como explorar seu parque de diversões

A palavra erógena faz referência a Eros, deus do amor e do desejo sexual na mitologia grega. Significa uma área do corpo que, ao ser estimulada, pode causar excitação sexual.

Nosso corpo é um parque de diversões, mas infelizmente aproveitamos pouco. As relações sexuais são ainda muito focadas nos genitais e na penetração, tornando carícias e afagos, bem como beijos e outras práticas sexuais como "preliminares", um conceito que precisa ser revisto, afinal uma relação sem penetração também é sexo e pode ser extremamente prazerosa.

A prática do gouinage, por exemplo, é baseada na arte de trocar prazer com a parceria sem penetração vaginal ou anal, só por meio dos sentidos do corpo humano - tato, olfato, paladar, fluidos genitais.

A ideia é tirar o sexo do piloto automático e quebrar crenças pré-estabelecidas, favorecendo que as parcerias explorem seus corpos, descobrindo pontos erógenos e transformando por completo a experiência sexual.

A pele é um veículo condutor de sensações, conta com mais de um milhão e meio de neurotransmissores que conduzem a bioeletricidade. A exploração deve ser lenta, com estímulos variados, como beijos, mordidinhas, lambidas, chupadas e também toques mais suaves e mais intensos.

Locais com pelos, como o púbis, por exemplo e também o couro cabeludo, são extremamente sensíveis e, portanto, excitáveis. Deixar as mãos percorrerem como "quem não quer nada" os pelinhos pubianos, para lá e para cá, enquanto se assiste um filme, por exemplo, é uma maneira de ir acordando o corpo para o erotismo.

Além das conhecidas zonas erógenas como pescoço, nuca, orelhas, ânus e períneo, eu destaco entre os dedos dos pés, axilas, a região lombar e a parte interna das coxas.

Interessante como os mamilos foram segregados a excitação do corpo de mulheres, sendo que também produzem excitação em homens.

E essa "estranheza" parte de pessoas de todos os gêneros, como se fosse algo esquisito, fora do padrão. O preconceito é reforçado em filmes eróticos e pornográficos, em relações heterossexuais, pois dificilmente veremos neles mulheres se debruçando sobre os mamilos masculinos, a fim de provocar excitação.

Continua após a publicidade

Cada pessoa tem um mapa erótico próprio, que deve ser explorado com curiosidade, para potencializar o prazer. Minha sugestão é que, em casal após um banho relaxante, cada um invista na investigação corporal da parceria, lembrando de propiciar um ambiente que estimule todos os sentidos.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.