Nada de paixão explosiva: jovens agora querem amor com conexão e futuro
Segundo uma pesquisa feita pelo app Happn com mais de 10 mil usuários em 8 países (dentre eles o Brasil), a tendência de relacionamento para o ano de 2025 é priorizar as conexões, desde que estejam baseadas na comunicação aberta sobre objetivos em comum.
Isso quer dizer que antes que o sentimento amoroso cresça, já se saiba sobre a compatibilidade de desejos, gostos, preferências, valores e projetos. Isso evitaria que se criem expectativas ilusórias sobre a outra pessoa, economizando frustrações.
É uma espécie de defesa contra a instabilidade tão comum nos (des)encontros atuais. As pessoas estão cansadas de sempre recomeçar conversas e perceber que a relação não vinga.
64% dos brasileiros acreditam que o amor é um elemento fundamental para a melhoria da qualidade de vida como um todo. Mas ele aparece menos idealizado como uma grande paixão avassaladora e mais pautado na ideia de crescimento ao longo da convivência e do fortalecimento dos laços de apego.
Outra tendência que se apresentou na pesquisa, é a valorização da amizade no relacionamento, para que se fortaleça o amor. "Essa tendência coloca a vulnerabilidade e a confiança no centro das relações, criando conexões mais autênticas".
Globalmente, 84% dos solteiros afirmam que a amizade é tão importante quanto o amor em um relacionamento romântico. Para tanto, os solteiros acreditam que não pode haver pressa para uma interação presencial, sendo o ambiente online uma possibilidade fértil para se estabelecer diálogos e identificar valores e interesses, explorando a compatibilidade e a amizade. Compartilhar preocupação com o meio ambiente e as questões climáticas foi um valor especialmente importante para brasileiros, indianos e turcos.
Sobre sexo, quase metade das pessoas pesquisadas consideram importante a clareza sobre desejos e preferências sexuais, para que esse setor do relacionamento seja desenvolvido a partir da transparência e consentimento mútuos.
Essa forma de estabelecer conexões reflete uma busca por relações mais conscientes e alinhadas com os valores individuais, onde a compatibilidade emocional, intelectual e até ética são consideradas antes mesmo de um vínculo mais profundo ser formado.
A geração atual demonstra um desejo de evitar desgastes emocionais, apostando na construção de relacionamentos sólidos, baseados na confiança, no respeito e nos interesses em comum. Assim, o amor deixa de ser apenas uma explosão de paixão e passa a ser cultivado como um projeto compartilhado, que se fortalece na troca mútua de experiências e no cuidado genuíno com o outro.
Em um mundo cada vez mais acelerado e desconexo, a profundidade e as complicações das conexões tornam-se o novo ideal para quem busca não apenas amar, mas também construir uma vida a dois.
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