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Oscar reage às críticas sobre falta de diversidade, mas esquece da máscara
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A segunda-feira após o Oscar é sempre um dia em que muitos de nós, que não conseguiram ficar acordados a noite toda assistindo à premiação, levanta da cama e vai correndo pesquisar quem foram os ganhadores da noite anterior, quais os vestidos mais impactantes, quem cometeu gafes durante a cerimônia.
Em meio a uma pandemia, a festa mais tradicional de celebração do cinema me decepcionou. Eu esperava assistir a um desfile de máscaras de proteção combinando com os vestidos pelo tapete vermelho, mas fui surpreendida pela ausência de bons exemplos de conduta em tempos de coronavírus.
Tive que me contentar com os anúncios de que os convidados foram testados várias vezes e rastreados antes do evento para garantir que ninguém fugiria da quarentena montada pré-festa.
Para além da superprodução, que trabalhou para criar um protocolo exemplar à indústria, mostrando como realizar um mega evento em segurança, tivemos bons momentos.
Neste ano, o prêmio bateu recordes de diversidade. Duramente criticada nos últimos anos por só premiar artistas brancos, neste ano, a Academia mostrou cenário diferente ao público após 92 edições.
A vitória de "Meu Pai", como Melhor Roteiro Adaptado, já demonstrava que teríamos recordes ao longo na noite. Aos 83 anos, Anthony Hopkins também se tornou o ator mais velho a receber uma estatueta na categoria de Melhor Ator pelo mesmo filme, desbancando um esperado Oscar póstumo a Chadwick Boseman pelo trabalho em "A Voz Suprema do Blues".
Já "Nomadland" foi o grande vencedor da noite com três prêmios, inclusive na categoria de Melhor Direção para a chinesa Chloe Zhao, a segunda mulher na história do evento a levar um prêmio de direção.
Entre as mãos negras que receberam estatuetas tivemos H.E.R. e o prêmio de Melhor Canção Original por "Fight for you", canção do filme "Judas e o Messias Negro", que também rendeu a estatueta de melhor ator coadjuvante para Daniel Kaluuya.
"A Voz Suprema do Blues", filme estrelado por Viola Davis e Chadwik Boseman, levou o Oscar de Melhor Cabelo e Maquiagem, marcando Mia Neal e Jamika Wilson como as primeiras mulheres negras a levarem a estatueta na categoria. Elas receberam a honraria junto de Sergio Lopez-Rivera.
No tapete vermelho, o desfile de looks rendeu muito brilho em tons dourados. Ainda que o evento tenha se valido de um extenso protocolo de segurança para acontecer, bem sabemos o número de pessoas que morre pelo mundo por conta do avanço do coronavírus enquanto Hollywood esbanja luxo e glamour no evento deste porte. Pairava no evento um ar de não está tudo bem, mas a vida precisa acontecer.
Emoldurada num vestido feito de ouro, Andra Day desfilou divinamente debaixo dos holofotes. Assinado pela estilista Vera Wang, a peça é perfeita para um dia em que você acordou desejando dominar o planeta. Outro look que me chamou a atenção foi o vestido bordado da Regina King. A atriz e diretora do filme "Uma Noite em Miami", que concorreu em três categorias, vestia uma peça assinada pelo estilista Nicolas Ghesquière para a grife francesa Louis Vuitton. Era como se estivesse com uma obra de arte em seu corpo. Foram 62 mil paetês, mais de 8 mil cristais e pedras em diferentes tons e 140 horas de confecção. Um arraso!
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