Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Quanto vale a vida de um brasileiro? Parece que menos de um dólar
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Um dólar? Quem você perdeu por um dólar? Seu filho? Seu marido? Seus pais? Um dólar?
Com as denúncias de supostos esquemas de superfaturamento nas compras das vacinas Covaxin e AstraZeneca, cresce a coleção de possíveis crimes cometidos pelo presidente da república Jair Bolsonaro e seu clã.
Fato é que do boicote da imunização aos supostos episódios de corrupção, já são mais de 524 mil pessoas que perdemos. Um país humilhado com 14,8 milhões de desempregados. Uma imensa parcela de pessoas em situação de rua e o aumento exponencial da dualidade econômica colocando o 1% mais rico cada vez mais rico e a maioria mais pobre.
Milhares de pessoas ainda estariam vivas, não fossem as escolhas do governo federal, que agora estão sendo expostas na CPI da Covid.
A existência de um gabinete paralelo, de uma estratégia de imunidade de rebanho e corrupção na compra dos imunizantes são algumas das hipóteses levantadas pela comissão sobre a condução do país neste momento de crise. Ainda temos as alucinações, como a recomendação do uso de cloroquina, remédio sem eficácia comprovada.
Entramos no centro de um triângulo de ressentimento, raiva e medo.
Não sabemos para onde estamos caminhando, enquanto acompanhamos um retrocesso sem fim, a desumanização e o desrespeito ao outro. O governo Bolsonaro representa o desmonte das políticas públicas em diferentes esferas
Estamos assistindo à boiada passar pelas florestas brasileiras e perseguir os povos indígenas. Assistimos ao enforcamento das universidades públicas do país, a tentativa de desmoralização do Sistema Único de Saúde, o acirramento da criminalização dos movimentos sociais — sem falar na crise hídrica iminente.
As pessoas que morreram por cada dólar não investido em vacina poderiam estar vivas. Essas pessoas foram sabotadas, tiveram suas vidas roubadas. Cabe a nós, que ficamos, combater a desinformação e nos opor ao governo, impedindo que essa política genocida siga em curso até o final do mandato.
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